Técnologia
Abstract
Alginato
IntroduçãoCobertura estéril, primária, absorvente e bioativo, o alginato é derivado de algas marinhas marrons, das espécies “Laminaria” e “Ascophyllum”, composto por ácido manurônico e gulurônico, varia de acordo com a espécie da planta e suas diferentes partes . Os alginatos podem ter relação entre o ácido gulurômico e manurômetro alta ou baixa, sendo mantidos juntos pelos íons cálcio, possuem alta resistência fibrosa. A baixa relação entre o ácido manurônico e gulurônico não mantém sua estrutura fibrosa, proporcionando a formação de um gel completamente homogêneo, facilmente removível por meio de irrigação com solução fisiológica, principalmente quando usado em fístulas profundas. Ao contrário, a alta relação entre o ácido manurônico e gulurônico preserva sua estrutura fibrosa, podendo ser removidos em um único pedaço ou em fragmentos. A diferença dos alginatos de baixa ou alta relação entre ácido manurônico e gulurônico é determinada pelo processo, tecnológico, de construção do mesmo.A produção dos alginatos, na maioria, acontece por entrelaçamento de fibras e eles são apresentados em forma de placa ou fita. Quando a confecção é realizada por congelamento, duas lâminas de alginato são congeladas e unidas por uma tela microscópica, o que confere à placa um aspecto mais rígido, não fibroso. Os curativos de alginato absorvem várias vezes seu próprio peso em exsudato. Os íons cálcio liberados pela troca iônica com o sódio são essenciais para seu efeito hemostático.Os alginatos são indicados para feridas agudas ou crônicas, superficiais ou profundas, sangrantes ou não, mas com moderada a alta exsudação e também para fístulas. São contraindicados para feridas secas ou com baixa exsudação ou em presença de escara seca.Nas feridas exsudativas, não é recomendado encharcar o alginato com solução fisiológica, uma vez que o leito da ferida permanece úmido após a limpeza. Independentemente da forma de apresentação, os alginatos podem ser recortados, inclusive para obliterar espaços mortos.Os alginatos que possuem absorção vertical podem ser colocados inclusive sobre a pele, nas margens da ferida, sem que haja maceração da mesma. Caso a absorção não ocorra de forma vertical, utilizálo somente sobre o leito da ferida. Tratando-se de cobertura primária, necessita de curativo secundário absorvente.A freqüência das trocas deverá ocorrer de acordo com as características da ferida. Recomenda-se troca diária do curativo nas feridas infectadas, assim como prescrição médica de antibioticoterapia sistêmica. Em feridas limpas, as trocas poderão ocorrer a cada três dias ou quando o curativo estiver saturado.Constante avaliação e profundo conhecimento sobre a fisiopatologia das feridas e dos produtos disponíveis no mercado para o seu tratamento permitem ao profissional escolher a melhor opção para o tratamento de seus pacientes.Downloads
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Krasner DL, Rodeheaver GT, Sibbald RC. Chronic wound care. Wany: HMP; 2001.
Published
2003-09-01
How to Cite
1.
Domansky R de C. Técnologia. ESTIMA [Internet]. 2003 Sep. 1 [cited 2024 Dec. 22];1(3). Available from: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/138
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Article