DANDO VOZ ÀS FAMÍLIAS DE PESSOAS COM ESTOMIA INTESTINAL: REFLEXÕES SOBRE FORMAÇÃO, ASSISTÊNCIA E GESTÃO
Abstract
Objetivo: Refletir sobre aspectos da formação, da assistência e da gestão que contribuam para o cuidado com as famílias de pessoas com estomia intestinal. Método: Estudo de reflexão teórica partindo de uma teoria substantiva desenvolvida com 12 famílias de pessoas com estomia por câncer intestinal. Resultados: Com o desenvolvimento da teoria substantiva, foi possível dar voz às famílias de pessoas com estomia por câncer intestinal com base no que elas identificaram como necessidade de assistência multiprofissional e interdisciplinar
capaz de perfazer as fases processuais experienciadas ao longo da trajetória investigada. Para que essas mudanças assistenciais sejam efetivadas, a formação de profissionais da saúde deve instituir nos currículos os cuidados com estomias intestinais, também são necessárias alterações na gestão intersetorial visando atualizar o Gerenciamento dos Usuários com Deficiências e investir em infraestrutura, principalmente banheiros públicos adequados. Conclusão: Esta reflexão demonstra a importância de efetivar essas modificações na formação, na assistência e na gestão, a fim de auxiliar no planejamento de um cuidado centrado na família, tendo em vista que ela presta os cuidados no domicílio, partindo das interações e auxiliando e potencializando seu familiar para
efetivar o autocuidado com a estomia.
Downloads
References
Gamboa NSG, Álvarez LST. Cuidado de un hijo ostomizado: cambios en la familia. Av Enferm [Internet]. 2013 [acessado em 16 abr. 2024];31(1):59-71. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/09/102515/42184-194393-1-pb.pdf
Paula MAB, Moraes JT. Um consenso brasileiro para cuidados às pessoas adultas com estomias de eliminação. ESTIMA, Braz. J. Enterostomal Ther. 2021;19:e0221. https://doi.org/10.30886/estima.v19.1012_PT
Gomes GB, Costa CCP, Gomes HF, Andrade JMC, Souza NVDO, Paula VG, et al. Repercussões da estomia intestinal no indivíduo e família: Revisão integrativa. Saúde Coletiva. 2023;13(85):12586-91. https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2023v13i85p12586-1259
Wright LM, Leahey M. Nurses and families: a guide to family assessment and intervention. 7ª ed. Philadelphia: F. A. Davis Company; 2019.
Girardon-Perlini NMO, Ângelo M. A experiência de famílias rurais frente ao adoecimento por câncer. Rev Bras Enferm. 2017;70(3):550-7. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0367
Bandeira LR, Kolankiewicz ACB, Alievi MF, Trindade LF, Loro MM. Fragmented comprehensive health care for ostomized person in the health care network. Esc Anna Nery. 2020;24(3):1-7. https://doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2019-0297
Sujiantyo U, Billy R, Margawati A. Family experience: nursing care for colorectal cancer patient with colostomy. Nurse Media J Nurs. 2020;10(1):96-106. https://doi.org/10.14710/nmjn.v10i1.28725
Dalmolin A, Girardon-Perlini NMO, Silva EG, Simon BS, Coppetti LC, Santos EB. A participação da família no cuidado à pessoa com estoma: percepções de profissionais de enfermagem. Ciênc Cuid Saúde. 2022;21:e62004. https://doi.org/10.4025/ciencuidsaude.v21i0.62004
Simon BS. Fortalecendo-se para seguir a vida: experiência de famílias ao conviver com familiar adulto com estomia por câncer intestinal [tese]. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria; 2020.
Paula MAB, Ribeiro SLS, Santos VLCG. Quem são e onde estão os enfermeiros especialistas em estomaterapia no Brasil? Estima, Braz. J. Enterostomal Ther. 2019;17(1):e2419. https://doi.org/10.30886/estima.v17.820_PT
Coppetti LC, Nietsche EA, Schimith MD, Radovanovic CAT, Lacerda MR, Girardon-Perlini NMO. Men’s experience of caring for a family member with cancer: a theory based on data. Rev Latino-Am Enfermagem. 2024;32:e4095. https://doi.org/10.1590/1518-8345.6679.4095
Simon B, Garcia R. As repercussões das condições crônicas de saúde na família. Rev Enferm Atual in Derm. 2021;95(35):e-21095. https://doi.org/10.31011/reaid-2021-v.95-n.35-art.1162
Machado LG, Silva RM, Mendes VC, Tamiozzo J, Pretto CR, Lopes AP. Intestinal ostomy: Adversities and care strategies after hospital discharge. Av Enferm. 2021;39(3):366-75. https://doi.org/10.15446/av.enferm.v39n3.89329
Rio Grande do Sul. Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul. Gerenciamento do Usuário com deficiência [Internet]. Rio Grande do Sul: Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul [acessado em 11 mar. 2024]. Disponível em: http://gud.saude.rs.gov.br/gud/index.html
Freitas LS, Silva IP, Sena JF, Ó LB, Silva BWAC, Diniz IV, et al. Efeito da tele-enfermagem no processo adaptativo de pessoas com estomia intestinal: ensaio clínico. ESTIMA, Braz. J. Enterostomal Ther. 2023;21:e1401. https://doi.org/10.30886/estima.v21.1401_PT
Associação Brasileira de Ostomizados. Projeto de lei para construção de banheiros públicos adaptados para ostomizados [Internet]. Associação Brasileira de Ostomizados; 2020 [acessado em 11 mar. 2024]. Disponível em: http://www.ostomizados.com/banheiros/projeto_de_lei_banheiros_publicos.html#ixzz6bMAvvFsu
Menezes ELC, Verdi MIM, Scherer MDA, Finkler M. Modes of care production and universal access – an analysis of federal guidance on the work of Primary Healthcare teams in Brazil. Ciênc Saúde Colet. 2020;25(5):1751-64. https://doi.org/10.1590/1413-81232020255.33462019
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Bruna Sodré Simon, Maria Ribeiro Lacerda, Maria Denise Schimith, Angelica Dalmolin, Eduardo da Silva Gomes, Evelyn Boeck dos Santos, Nara Marilene Oliveira Girardon-Perlini
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.