Atualização

Authors

  • Beatriz Farias Alves Yamada
  • Elisabete Capalbo Ferrola
  • Gisele Regina de Azevedo
  • Leila Blanes
  • Noemi Marisa Brunet Rogenski
  • Vera Lucia C Gouveia Santos

Abstract

Competências do Enfermeiro
Estomaterapeuta (ET) ou do Enfermeiro
Pós-graduado em Estomaterapia (PGET)

Sobre a estomaterapiaA estomaterapia é uma especialidade (pósgraduaçãolatu sensu) da prática do enfermeiro -instituída no Brasil em 1990 - voltada para aassistência às pessoas com estomias, fístulas,tubos, cateteres e drenos, feridas agudas ecrônicas e incontinências anal e urinária, nosseus aspectos preventivos, terapêuticos e dereabilitação em busca da melhoria da qualidade devida (Estatuto SOBEST).A SOBEST (Associação Brasileira deEstomaterapia: estomias, feridas e incontinências)foi fundada em 04/12/1992 e é o órgão derepresentação da estomaterapia brasileira.O especialista em estomaterapia édenominado pela SOBEST como Enfermeiro Estomaterapeuta (ET).O título de enfermeiro estomaterapeuta éconferido, exclusivamente pela SOBEST, somenteaos enfermeiros pós-graduados em cursos de especialização que abrangem todas as áreas daespecialidade e sejam reconhecidos tanto pela SOBEST quanto pelo World Council ofEnterostomal Therapists (WCET). A obtençãodesse título se dá por meio de concurso públicorealizado pela SOBEST, cuja aprovação poderá ser somente por memorial ou memorial e prova.Os enfermeiros que não obtiveram o títulode Enfermeiro Estomaterapeuta (ET), são denominados PGET (pós-graduados emestomaterapia).Rev Estima - vol 6 (1) 2008 p. 33 - 43Nesse documento, a SOBEST tem comofinalidade registrar as competências pertinentes aoexercício da estomaterapia pelo ET ou PGET, deacordo com as áreas de atuação. Tais competências foram elaboradas tendo como base o currículomínimo exigido na especialidade de enfermagemem estomaterapia.Competências Clínicas1. ÁREA DE ESTOMIAS1.1 - Estomas intestinal e Urinárioa) Pré-operatório• Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Orientar quanto ao ato operatório, ao preparoprévio em geral, o estoma, aos equipamentoscoletores, aos programas públicos de assistência ea Associação de Estomizados; a DeclaraçãoInternacional dos Direitos dos Ostomizados; apossibilidade de visita de uma pessoa estomizadaque esteja reabilitada e outros.• Fazer a demarcação do local onde seráimplantado o futuro estoma.• Fazer teste de sensibilidade aos equipamentoss,se pertinente.• Encaminhar a outros profissionais, se necessário.• Planejar e executar visita domiciliária, em algunsc asos particulares, para avaliar as condições da habitação, a dinâmica das relações familiares e ainfluência desta na participação do indivíduo nasatividades do cotidiano.b) Intra-operatório• Fazer intercâmbio com o enfermeiro do centrocirúrgico para troca de informações quanto aoequipamento adequado ao tipo de estoma, a“garantia” de confecção do estoma no localpreviamente demarcado.c) Pós-operatório imediato e mediato• Realizar a visita para avaliar as condições doestoma e da ferida operatória, do efluente, apresença de complicações e condições do equipamento a fim de prescrever os cuidadosnecessários e orientar a equipe da unidade deinternação quanto aos mesmos.•Realizar, progressivamente, as orientações de autocuidado ao paciente e cuidador, promovendoa reabilitação.d) Pós-operatório tardio (ambulatorial oudomiciliário)• Avaliar as condições de pele periestoma, doestoma e presença de complicações.• Prescrever os equipamentos apropriados aoestoma sem anormalidade, bem como os tratamentos de estomaterapia quando houverpresença de complicações (ex. dermatites, retração,prolapsos etc).• Reforçar as orientações prévias, quando necessário.• Fazer treinamento de auto-irrigação ou utilizaçãode equipamento oclusor.• Encaminhar a outros profissionais da equipeinterdisciplinar, quando se fizer necessário.• Estimular e/ou auxiliar o retorno dessa pessoa àparticipação social.• Enfatizar a importância da participação na Associação de Ostomizados ou grupos de autoajuda.• Acompanhar a evolução da doença de base associada e eventual tratamento adjuvante,orientando o cliente quanto aos exames de rotinae especializados.• Avaliar, de modo contínuo, as atividadesassistenciais prestadas ao cliente, bem como os equipamentos usados nesses cuidados, por meiode protocolos, com vistas à melhoria da qualidadede vida dessa clientela.1.2 - Vesicostomiaa) Pré-operatório• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Orientar quanto ao ato operatório, ao preparoprévio em geral, o estoma, aos equipamentoscoletores, aos programas públicos de assistência ea Associação de Estomizados.• Planejar e executar visita domiciliária, em algunscasos particulares, para avaliar as condições da habitação, a dinâmica das relações familiares e ainfluência desta na participação do indivíduo nas atividades do cotidiano.b) Intra-operatório• Fazer intercâmbio com o enfermeiro do centrocirúrgico para troca de informações quanto aoequipamento adequado.c) Pós-operatório imediato e mediato• Realizar a visita para avaliar as condições doestoma, do efluente, a presença de complicações econdições do equipamento a fim de prescrever oscuidados necessários e orientar a equipe/cuidadorquanto os cuidados.d) Pós-operatório tardio (ambulatorial oudomiciliário)• Avaliar as condições de pele periestoma, doestoma e presença de complicações.• Prescrever o equipamento apropriado, bemcomo os tratamentos de estomaterapia, quandohouver presença de complicações (ex. dermatites)e cuidados gerais de preservação do trato urinário.• Solicitar exames de urina na suspeita de infecçãourinária.• Reforçar as orientações prévias, quando necessário.• Acompanhar a evolução da doença de baseassociada e eventual tratamento adjuvante,orientando o cliente quanto aos exames de rotina eespecializados.• Avaliar, de modo contínuo, as atividadesassistenciais prestadas ao cliente, bem como osequipamentos usados nesses cuidados, através deprotocolos, com vistas à qualidade de vida dessaclientela.1.3 Cistostomiaa) Pré-operatório• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Orientar quanto ao ato operatório, ao preparoprévio em geral, o estoma, o equipamento coletor,aos programas públicos de assistência.• Planejar e executar visita domiciliária, em algunscasos particulares, para avaliar as condições dahabitação, a dinâmica das relações familiares e ainfluência desta na participação do indivíduo nasatividades do cotidiano.b) Pós-operatório imediato e mediato• Realizar a visita para avaliar as condições doestoma, do efluente, a presença de complicações econdições do equipamento a fim de prescrever oscuidados necessários e orientar a equipe/cuidador.c) Pós-operatório tardio (ambulatorial oudomiciliário)• Avaliar as condições de pele periestoma, doestoma e presença de complicações.• Prescrever o equipamento apropriado, bemcomo os tratamentos de estomaterapia quandohouver presença de complicações (ex. dermatites,granulomas) e cuidados gerais de preservação dotrato urinário.• Trocar o cateter vesical, quando necessário.• Solicitar exames de urina na suspeita de infecçãourinária.• Proceder à remoção definitiva do cateter (comprescrição médica).• Reforçar as orientações prévias, quandonecessário.• Acompanhar a evolução da doença de baseassociada e eventual tratamento adjuvante,orientando o cliente quanto aos exames de rotinae especializados.• Avaliar, de modo contínuo, as atividadesassistenciais prestadas ao cliente, bem como osequipamentos usados nesses cuidados, através deprotocolos, com vistas à qualidade de vida dessa clientela.1.4 Gastrostomiasa) Pré-operatório• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Orientar quanto ao ato operatório, ao preparoprévio em geral, o estoma, o tubo de alimentaçãoe os cuidados relacionados ao mesmo e aosacessórios.• Encaminhar a outros profissionais, se necessário.b) Pós-operatório imediato e mediato30 - Realizar a visita para avaliar as condições doestoma e da ferida operatória (quando houver), dapele ao redor e do tipo e condições do tubo dealimentação.• Realizar, progressivamente, as orientações deautocuidado ao paciente e cuidador quanto aoscuidados com o estoma, a pele, administração dadieta e cuidados com os acessórios.• Solicitar avaliação do nutricionista para prescriçãoe orientação da dieta.c) Pós-operatório tardio (ambulatorial oudomiciliário)•Avaliar as condições de pele periestoma, doestoma e presença de complicações, tipo de tubo.• Averiguar de que forma os cuidados com o tubo/assessórios e estoma estão sendo realizados ereforçar as orientações, quando necessário.• Mensurar o diâmetro do estoma e da espessurada parede abdominal, se não houver esse registro(depois de, no mínimo, quatro a oito semanas).• Indicar o tubo apropriado, bem como ostratamentos de estomaterapia quando houverpresença de complicações (ex. dermatites,granulomas etc).• Retirar e trocar o tubo de gastrostomia.• Avaliar, de modo contínuo, as atividadesassistenciais prestadas ao cliente, bem como osequipamentos usados nesses cuidados, através deprotocolos, com vistas à qualidade de vida dessaclientela.1.5 Traqueostomiasa) Pré-operatório• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Orientar quanto ao ato operatório, ao preparoprévio em geral, o estoma, a cânula endotraqueale os cuidados relacionados com a mesma.• Encaminhar a outros profissionais da equipe, senecessário.b) Pós-operatório imediato e mediato• Realizar a visita para avaliar as condições doestoma e da ferida operatória (quando houver),da pele ao redor e do tipo e condições da cânula.• Indicar tratamento tópico de feridas quando sefizer necessário.• Realizar, progressivamente, as orientações deautocuidado ao paciente e cuidador quanto aoscuidados com o estoma, a pele, cuidados com acânula e limpeza brônquica.• Solicitar avaliação de outros profissionais daequipe multiprofissional, se indicado.c) Pós-operatório tardio (ambulatorial oudomiciliário)• Avaliar as condições de pele periestoma, doestoma e presença de complicações.• Averiguar de que forma os cuidados com acânula, estoma e pele periestoma estão sendorealizados e reforçar as orientações, quandonecessário.• Indicar os tratamentos de estomaterapia quandohouver presença de complicações (ex. dermatites,granulomas etc).• Trocar cânula de traqueostomia.• Avaliar, de modo contínuo, as atividadesassistenciais prestadas ao cliente.•Atuar com os demais profissionais da equipe noprocesso de reabilitação do mesmo.• Avaliar, de modo contínuo, as atividadesassistenciais prestadas ao cliente, bem como osequipamentos usados nesses cuidados, através deprotocolos, com vistas à qualidade de vida dessaclientela. 1.6 Fístulas• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Avaliar as condições da pele e a presença decomplicações.• Prescrever os equipamentos apropriados ao tipode fístula.• Acompanhar a evolução da doença de baseassociada e eventual tratamento adjuvante,orientando o cliente quanto aos exames de rotina eespecializados.• Atuar com os demais profissionais da equipe noprocesso de reabilitação do mesmo.• Avaliar, de modo contínuo, as atividadesassistenciais prestadas ao cliente, bem como osequipamentos usados nesses cuidados, por meiode protocolos, com vistas à melhoria da qualidadede vida dessa clientela.2. ÁREA DE FERIDAS2.1 Úlcera por Pressãoa) Prevenção• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Prescrever cuidados com a pele em geral,superfície de suporte, segundo grau de risco, edemais medidas de preservação da integridadecutânea.• Solicitar exames bioquímicos e hematológicosquando pertinentes.• Realizar reeducação vésico-intestinal, quandopertinente.• Fazer orientação alimentar e hídrica e, quandopertinente, solicitar avaliação do nutricionista.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário (ex. fonoaudiólogo,fisioterapeuta).•Orientar a equipe/cuidadores quanto aoscuidados propostos.b) Tratamento• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Solicitar exames bioquímicos, hematológicos,cultura da ferida e outros, quando necessário.• Prescrever cuidados com a pele em geral,superfície de suporte, segundo grau de risco, edemais medidas de preservação da integridadecutânea e diminuição do risco de deterioração daúlcera, tais como mobilização e posicionamentoentre outros.• Realizar desbridamento instrumentalconservador.• Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas(LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo eoutras).• Realizar reeducação vésico-intestinal quandopertinente.• Fazer orientação alimentar e hídrica e, quandopertinente, solicitar avaliação do nutricionista.•Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário (ex. fonoaudiólogo,fisioterapeuta e outros).• Orientar a equipe/cuidadores quanto aoscuidados propostos.2.2 - Úlceras vasculogênicas de origem venosaa) Prevenção• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Fazer exame de índice de tornozelo braço comutilização do Doppler vascular periférico.• Realizar cuidados podiátricos (cuidados com asunhas: limpeza de micose, corte adequado, correçãode deformidades* e remoção de espículas* ;cuidados com os pés: remoção de calos ecalosidades).OBS. *mediante curso complementar decapacitação em podiatria.• Prescrever cuidados com a pele em geral e demaismedidas de preservação da integridade cutânea.• Solicitar exames bioquímicos e hematológicosquando pertinentes.• Fazer orientação alimentar e hídrica e, quandopertinente, solicitar avaliação do nutricionista.• Orientar exercícios de fortalecimento damusculatura da perna, repouso alternado, elevaçãode membros inferiores, drenagem linfática emedidas compressivas.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário.b) Tratamento•Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Solicitar exames bioquímicos, hematológicos,cultura da ferida e outros quando necessário.• Fazer exame de índice de tornozelo braço comutilização do Doppler vascular periférico.• Prescrever cuidados com a pele em geral e demaismedidas de preservação da integridade cutânea.• Realizar desbridamento instrumental conservador.• Prescrever terapia tópica.• Prescrever bota de Unna ou terapia compressiva.• Prescrever terapias adjuntas (LASER,eletroestimulação, terapia a vácuo e outras).• Realizar cuidados podiátricos (cuidados com asunhas: limpeza de micose, corte adequado,correção de deformidades* e remoção deespículas* ; cuidados com os pés: remoção de calose calosidades).OBS. *mediante curso complementar decapacitação em podiatria.•Orientar exercícios de fortalecimento damusculatura da perna, repouso alternado, elevaçãode membros inferiores, drenagem linfática emedidas de compressão.• Fazer orientação alimentar e hídrica e, quandopertinente, solicitar avaliação do nutricionista.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário (ex. fisioterapeuta, educadoresfísicos e outros).•Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos.2.3 - Úlceras neurotróficas por Doença deHansena) Prevenção• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).OBS: no serviço público existe Ficha deNotificação/Investigação Hanseníase (SistemaNacional de Agravos de Notificação - SINAN)do Ministério da Saúde• Fazer exame de índice de tornozelo braço comutilização do Doppler vascular periférico.• Fazer exame dos pés com equipamentosapropriados para detectar grau e localização delesão neurogênica.• Prescrever cuidados e medidas para a prevençãode incapacidade• Prescrever cuidados com a pele em geral e demaismedidas de preservação da integridade cutânea.• Realizar cuidados podiátricos (cuidados com asunhas: limpeza de micose, corte adequado, correçãode deformidades* e remoção de espículas* ;cuidados com os pés: remoção de calos ecalosidades).OBS. *mediante curso complementar decapacitação em podiatria.•Solicitar exames bioquímicos e hematológicosquando pertinentes.• Fazer orientação alimentar e hídrica e, quandopertinente, solicitar avaliação do nutricionista.• Orientar exercícios de fortalecimento damusculatura da perna, repouso alternado, elevaçãode membros inferiores, medidas compressivas.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário.b) Tratamento• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Solicitar exames bioquímicos, hematológicos,cultura da ferida e outros quando necessário.• Fazer exame de índice de tornozelo braço comutilização do Doppler vascular periférico.• Prescrever cuidados com a pele em geral e demaismedidas de preservação da integridade cutânea emuscular• Realizar desbridamento instrumental conservador.• Prescrever terapia tópica.• Prescrever bota de Unna ou terapia compressiva.• Prescrever terapias adjuntas (LASER,eletroestimulação, terapia a vácuo e outras).• Realizar cuidados podiátricos (cuidados com asunhas: limpeza de micose, corte adequado,correção de deformidades* e remoção deespículas* ; cuidados com os pés: remoção de calose calosidades).OBS. *mediante curso complementar decapacitação em podiatria.•Orientar exercícios de fortalecimento damusculatura da perna e pés, repouso alternado,elevação de membros inferiores.•Fazer orientação alimentar e hídrica e quandopertinente solicitar avaliação do nutricionista.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário (ex. fisioterapeuta, educadoresfísicos e outros).• Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos.2.4 Úlceras vasculogênicas de origem arterial(diabética ou não)a) Prevenção•Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Fazer exame de índice de tornozelo braço comutilização do Doppler vascular periférico.• Realizar cuidados podiátricos (cuidados com asunhas: limpeza de micose, corte adequado,correção de deformidades* e remoção deespículas* ; cuidados com os pés: remoção de calose calosidades).OBS. *mediante curso complementar decapacitação em podiatria.•Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.• Solicitar exames bioquímicos e hematológicosquando pertinentes.• Fazer orientação alimentar e hídrica e, quandopertinente, solicitar avaliação do nutricionista.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário.b) Tratamento• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Solicitar exames bioquímicos, hematológicos,cultura da ferida e outros quando necessário.• Fazer exame de índice de tornozelo braço comutilização do Doppler vascular periférico.• Prescrever cuidados com a pele em geral e demaismedidas de preservação da integridade cutânea.• Prescrever cuidados com a pele em geral.• Realizar desbridamento instrumental conservador,quando indicado.• Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas(LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo eoutras).• Realizar cuidados podiátricos (cuidados com asunhas: limpeza de micose, corte adequado, correçãode deformidades* e remoção de espículas* ;cuidados com os pés: remoção de calos ecalosidades).OBS. *mediante curso complementar decapacitação em podiatria.• Fazer orientação alimentar e hídrica e quandopertinente solicitar avaliação do nutricionista.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário (ex. fisioterapeuta, educadoresfísicos e outros).• Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos.2.5 Úlceras Diabéticasa) Prevenção• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Fazer exame de índice de tornozelo braço comutilização do Doppler vascular periférico.• Fazer exame dos pés com equipamentosapropriados para detectar grau e localização delesão neurogênica•Prescrever cuidados e medidas para a prevençãode incapacidade nos pés.• Prescrever cuidados com a pele em geral e demaismedidas de preservação da integridade cutânea.• Realizar cuidados podiátricos (cuidados com asunhas: limpeza de micose, corte adequado,correção de deformidades* e remoção deespículas* ; cuidados com os pés: remoção de calose calosidades).OBS. *mediante curso complementar decapacitação em podiatria.• Solicitar exames bioquímicos e hematológicosquando pertinentes.• Fazer orientação alimentar e hídrica e, quandopertinente solicitar avaliação do nutricionista.•Orientar exercícios de fortalecimento damusculatura da perna, uso de calçados e palmilhasadequados.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário.b) Tratamento• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Solicitar exames bioquímicos, hematológicos,cultura da ferida e outros quando necessário.• Fazer exame de índice de tornozelo braço comutilização do Doppler vascular periférico.• Fazer exame dos pés com equipamentosapropriados para detectar grau e localização delesão neurogênica•Prescrever cuidados com a pele em geral e demaismedidas de preservação da integridade cutânea emuscular• Realizar desbridamento instrumental conservador.• Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas(LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo eoutras).• Realizar cuidados podiátricos (cuidados com asunhas: limpeza de micose, corte adequado, correçãode deformidades* e remoção de espículas* ;cuidados com os pés: remoção de calos ecalosidades).OBS. *mediante curso complementar decapacitação em podiatria.•Orientar exercícios de fortalecimento damusculatura da perna, uso de calçados e palmilhasadequados.• Fazer orientação alimentar e hídrica e quandopertinente solicitar avaliação do nutricionista.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário (ex. fisioterapeuta, educadoresfísicos e outros).2.6 Demais feridas/úlceras em gerala) Prevenção• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Prescrever cuidados com a pele em geral e demaismedidas de preservação da integridade cutânea.• Solicitar exames bioquímicos e hematológicos eoutros quando pertinentes.• Fazer orientação alimentar e hídrica e, quandopertinente solicitar avaliação do nutricionista.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário.b) Tratamento• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dadosrelacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Solicitar exames bioquímicos, hematológicos,cultura da ferida e outros quando necessário.• Prescrever cuidados com a pele em geral e demaismedidas de preservação da integridade cutânea emuscular• Realizar desbridamento instrumentalconservador.• Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas(LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo eoutras).• Fazer orientação alimentar e hídrica e quandopertinente solicitar avaliação do nutricionista.• Encaminhar para outros profissionais da equipequando necessário (ex. fisioterapeuta, educadoresfísicos e outros).3. ÁREA DE INCONTINÊNCIAS3.1. Incontinência urinária e/ou anala) Pré-operatório• Realizar consulta de enfermagem, utilizandoinstrumento de avaliação que possibilite a obtençãode subsídios para a implementação dasistematização da assistência de enfermagem emestomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, dasaúde em geral e outros aspectos relevantes, bemcomo o exame físico).• Orientar quanto ao ato operatório, ao preparoprévio em geral, o uso de cateteres e equipamentoscoletores diversos, os programas públicos deassistência e outros.• Fazer teste de sensibilidade para o uso deequipamentos, quando pertinente.• Encaminhar a outros profissionais, se necessário.• Planejar e executar visita domiciliária, em algunscasos particulares, para avaliar as condições dahabitação, a dinâmica das relações familiares e ainfluência desta na participação do indivíduo nasatividades do cotidiano.• Participar da realização de exames para aelucidação de diagnóstico, quando integrada à equipede cuidado a pacientes incontinentes, desde queobtenha os pré-requisitos técnico-científicos paratanto, estabelecidos pela SOBEST.b) Intra-operatório• Fazer intercâmbio com a equipe cirúrgica paratroca de informações quanto aos equipamentosadequados ao tipo de cirurgia, para a promoçãode melhor qualidade de vida ao paciente.c) Pós-operatório imediato e mediato• Realizar a visita para avaliar as condições do clientee da ferida operatória, a presença de complicaçõese condições dos equipamentos, a fim de prescreveros cuidados necessários e orientar a equipe daunidade de internação quanto aos mesmos.• Realizar, progressivamente, as orientações deautocuidado ao paciente e cuidador, promovendoa sua reabilitação.d) Pós-operatório tardio (ambulatorial oudomiciliário)• Avaliar as condições da pele e da ferida cirúrgicae a presença de complicações.• Reforçar as orientações prévias, quando necessário.• Preparar e orientar para a realização de diáriovesical e/ou evacuatório, para o embasamento defuturas condutas.• Orientar e implementar os treinos vesical e/ouintestinal, com vistas à reeducação do paciente notocante aos hábitos miccional e evacuatório.• Orientar e implementar o cateterismo vesicalintermitente limpo, preparando o paciente para oautocuidado, ou treinando o seu cuidador, quandoindicado.• Implementar o cateterismo vesical de demora,bem como o uso de equipamentos adequados,quando indicado.•Encaminhar a outros profissionais da equipeinterdisciplinar, quando se fizer necessário.• Estimular e/ou auxiliar o retorno dessa pessoa àparticipação social.• Enfatizar a importância da participação emgrupos de auto-ajuda.• Acompanhar a evolução da doença de baseassociada e eventual tratamento adjuvante,orientando o cliente quanto aos exames de rotinae especializados.• Avaliar, de modo contínuo, as atividadesassistenciais prestadas ao cliente, bem como osequipamentos usados nesses cuidados, através deprotocolos, com vistas à qualidade de vida dessaclientela.e) Reeducação do incontinenteApós avaliação minuciosa, para pacientes comincontinências urinária e/ou anal, ou paraestabelecer programa preventivo de incontinências,quando pertinente, o enfermeiro estomaterapeutapoderá:• Preparar e orientar para a realização de diáriosvesical e/ou evacuatório, para o embasamento defuturas condutas.• Orientar e implementar o treino vesical e/ouintestinal, com vistas à reeducação do paciente notocante aos hábitos miccional e evacuatório.• Orientar e implementar o cateterismo vesicalintermitente limpo, preparando o paciente para oautocuidado, ou treinando o seu cuidador, quandoindicado.• Implementar o cateterismo vesical de demora,bem como o uso de equipamentos adequados,quando indicado.• Orientar e realizar programa de exercícios para ofortalecimento da musculatura do soalho pélvico,com vistas à obtenção da continência urinária e/ou anal.• Realizar programa de biofeedback, para propiciarao paciente o reconhecimento das estruturasanatômicas a serem fortalecidas, por ocasião darealização de exercícios perineais.• Orientar e realizar programa de uso de conesvaginais, com vistas ao reconhecimento efortalecimento da musculatura do soalho pélvico.• Realizar terapia de eletroestimulação parafortalecimento de musculatura do soalho pélvico,com o uso de eletrodos de superfície, probesendovaginais ou endoanais, quando necessário.• Avaliar, implementar e orientar a utilização depessários vaginais para a correção de prolapsos deórgão pélvico, quando indicado.•Avaliar, implementar e orientar a utilização deplug anal para a melhora da continência anal,quando indicado.• Avaliar, implementar e orientar a utilização dedemais equipamentos disponíveis no mercado, comvistas a melhorar a continência urinária e/ou anal eseu impacto na qualidade de vida dos clientes porelas acometidos.• Realização de Exame Urodinâmico (desde quepossua certificação em curso reconhecido pelaInternational Continence Society - ICS), quandointegrada à equipe de cuidado a pacientesincontinentes, desde que obtenha os pré-requisitostécnico-científicos para tanto, estabelecidos pelaSOBEST.Outras Atribuições• Promover o desenvolvimento de programas deeducação que propiciem o crescimento pessoal eprofissional de todos os componentes das equipes,levando em conta o fator custo-benefício.• Participar na comissão de descrição técnica dosequipamentos/tecnologias e julgamento nosprocessos de licitação junto à Secretaria/Ministériode Saúde.• Fazer assessoria quando a organização de serviçosde estomaterapia, implementação de cursos deespecialização em estomaterapia, desenvolvimentoe aperfeiçoamento de tecnologias para o cuidadoem estomaterapia.


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2008-03-01

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1.
Yamada BFA, Ferrola EC, Azevedo GR de, Blanes L, Rogenski NMB, Santos VLCG. Atualização. ESTIMA [Internet]. 2008 Mar. 1 [cited 2024 Nov. 22];6(1). Available from: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/222

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