Resumo Premiado 1

Authors

  • Beatriz Guitton R. B. de Oliveira Doutora em Enfermagem. Professora titular da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense.
  • Alcione Matos de Abreu Enfermeira Mestranda do Programa de Mestrado Acadêmico de ciências da Saúde da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense. 3Acadêmica de Enfermagem do 8º período da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense.
  • Magali Rezende de Carvalho Acadêmica de Enfermagem do 8º período da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense.

Abstract

Terapia Compressiva: Tratamento de Paciente com Úlcera Venosa Crônica - Um Relato de Caso


Introdução: A principal causa das úlceras de etiologia venosa é a hipertensão venosa e a conseqüente hipertensão capilar¹. Portanto, o tratamento deste tipo de úlcera deverá ser voltado para a tentativa de se reverter a hipertensão venosa ao nível das veias superficiais dos membros inferiores, promovendo o retorno dos fluidos dos espaços intersticiais para dentro do sistema vascular e linfático². Sabe-se que a insuficiência venosa atinge não somente a parte idosa da população, mas também adultos em idade produtiva, aumentando precocemente o índice de licenças e aposentadorias por invalidez, gerando um ônus para o governo com pagamento de benefícios e gastos com o tratamento ambulatorial prolongado³.Objetivo: Realizar a avaliação clínica e evolutiva do processo cicatricial das úlceras venosas em um paciente submetido à terapia compressiva.Metodologia: Tratase de um estudo de caso realizado no Ambulatório de Reparo de Feridas do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP)/Niterói, com um paciente com úlcera venosa em tratamento com Bota de Unna e bandagem de baixa elasticidade, no período de outubro de 2009 a março de 2010. O paciente assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido após os esclarecimentos e aprovação no CEP (protocolo nº. 193/ 06).Resultados e discussão: Paciente adulta, hipertensa, nega diabetes, apresenta úlcera venosa há sete anos com resposta lenta ao tratamento convencional, queixa-se de desconforto e inchaço nos membros inferiores com piora no fim do dia. Inicialmente, a úlcera apresentava 39 cm², bordas epitelizadas, leito com tecido de granulação e fibrina, exsudato seroso em pouca quantidade, sem odor, pele adjacente hipercrômica e com varizes, edema (+4/ +4). Tratamento: uso da Bota de Unna e da bandagem de baixa elasticidade por cinco meses, com troca a cada cinco dias pelas enfermeiras do ambulatório e orientações sobre a importância do exercício físico diário, como, por exemplo, a caminhada. Última avaliação: úlcera apresentando 3 cm², redução do edema (+2/+4) e restante Resumo Premiado das características sem alterações. Redução do edema em 50% e redução significativa da lesão, em 90%, desde o início do tratamento com a Bota de Unna e bandagem de baixa elasticidade. Paciente relatou melhora na deambulação e no seu estado geral de saúde, assim como melhora na qualidade de vida. A utilização da Bota de Unna constitui uma forma de terapia compressiva inelástica, que aumenta a compressão à medida em que há a contração e relaxamento da panturrilha. Esse processo favorece a drenagem e o suporte venoso, além da proteção da úlcera, consequentemente favorecendo a cicatrização4. O uso da bandagem de baixa elasticidade está indicado para indivíduos em atividade, ou seja, que mantêm a mobilidade física². Conclusão: Concluímos que o uso da Bota de Unna, juntamente com a bandagem de baixa elasticidade, aliado ao acompanhamento ambulatorial adequado, resultou em melhora clínica do paciente, com redução tanto do tamanho da lesão quanto do edema. Por serem lesões de longa evolução e com respostas terapêuticas variáveis, há a necessidade de se realizar uma assistência de enfermagem voltada tanto para prevenção quanto para o tratamento diferencial das feridas já instaladas, promovendo, ao paciente ambulatorial, orientações para o seu autocuidado.

Downloads

Download data is not yet available.

References

-Irion GL. Feridas: novas abordagens, manejo clínico e atlas em cores. Rio de Janeiro: LAB; 2005.

-Albino AP, Furtado K, Pina E. Boas práticas no tratamento e prevenção das úlceras de perna de origem venosa. Tipografia Lousanense Lda; 2007.

-Abbade LPF, Lastória S. Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia venosa. Anais. Congresso Brasileiro de Dermatologia; 2006; 81(6):509-22.

-Brasil Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas em Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de condutas para úlceras neurotróficas e traumáticas. Brasília DF, 2002,56.

Published

2010-06-01

How to Cite

1.
Oliveira BGRB de, Abreu AM de, Carvalho MR de. Resumo Premiado 1. ESTIMA [Internet]. 2010 Jun. 1 [cited 2024 Nov. 22];8(2). Available from: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/274

Issue

Section

Article