Artigo Original 1
Abstract
Cultivo de Células de Músculo Liso: Estudo Morfológico
;Caracterização fenotípica das células de músculo liso por imunocitoquímicaPara caracterização fenotípica das células de músculo liso quanto à presença de proteínas contráteis e regulatórias típicas desse tecido, cuja descrição está em métodos, as células foram incubadas separadamente com os anticorpos e foram feitas as seguintes imunomarcações citadas abaixo, cujas colorações confirmaram a presença destas proteínas. Estes testes estão ilustrados nas Figuras 03 e 04 para anti a-miosina, Figuras 05 e 06 para anti a-calponina, Figuras 07 e 08 para anti a-caldesmon, Figuras 09 e 10 para anti a- troponina. As lamínulas contendo as células foram observadas no microscópio confocal Zeiss (LSM 510) e fez-se a tomografia óptica para a aquisição das imagens e reconstrução em 3D.
Figura 3. Imagem de microscopia confocal das células MLA por imunocitoquímica. A imunomarcação foi realizada por meio de anticorpos conjugados a marcadores fluorescentes.
A - Núcleo celular corado com DAPI (azul).
B - Anticorpo anti- a-miosina e secundário contra IgG camundongo-FITC (verde).
C - Sobreposição das imagens A e B. Os parâmetros utilizados no microscópio confocal estão descritos em métodos.
Figura 4. Imagem de microscopia confocal das células RA por imunocitoquímica. A imunomarcação foi realizada por meio de anticorpos conjugados a marcadores fluorescentes. A - Núcleo celular corado com DAPI (azul). B - Anticorpo anti a-miosina e secundário contra IgG camundongo-FITC (verde).C - Sobreposição das imagens A e B. Os parâmetros utilizados no microscópio confocal estão descritos em métodos.
Figura 5. Imagem de microscopia confocal das células MLA por imunocitoquímica. A imunomarcação foi realizada por meio de anticorpos conjugados a marcadores fluorescentes.
A - Núcleo celular corado com DAPI (azul).
B - Anticorpo anti a-calponina e secundário contra IgG camundongo-FITC (verde).
C - Sobreposição das imagens A e B. Os parâmetros utilizados no microscópio confocal estão descritos em métodos.
Figura 6. Imagem de microscopia confocal das células RA por imunocitoquímica. A imunomarcação foi realizada por meio de anticorpos conjugados a marcadores fluorescentes.
A - Núcleo celular corado com DAPI (azul).
B - Anticorpo anti a-calponina e secundário contra IgG
Figura 7. Imagem de microscopia confocal das células MLA por imunocitoquímica. A imunomarcação foi realizada por meio de anticorpos conjugados a marcadores fluorescentes.
A - Núcleo celular corado com DAPI (azul).
B - Anticorpo anti a-caldesmon (B) e secundário contra IgG camundongo-FITC (verde).
C - Sobreposição das imagens A e B. Os parâmetros utilizados no microscópio confocal estão descritos em métodos.
Figura 08. Imagem de microscopia confocal das células RA por imunocitoquímica. A imunomarcação foi realizada por meio de anticorpos conjugados a marcadores fluorescentes.
A - Núcleo celular corado com DAPI (azul).
B - Anticorpo anti a-caldesmon e secundário contra IgG camundongo-FITC (verde).
C - Sobreposição das imagens A e B. Os parâmetros utilizados no microscópio confocal estão descritos em métodos.
Figura 09. Imagem de microscopia confocal das células MLA por imunocitoquímica. A imunomarcação foi realizada por meio de anticorpos conjugados a marcadores fluorescentes.
A - Núcleo celular corado com DAPI (azul).
B - Anticorpo anti tropomiosina e secundário contra IgG camundongo-FITC (verde).
C - Sobreposição das imagens A e B. Os parâmetros utilizados no microscópio confocal estão descritos em métodos.
Figura 10. Imagem de microscopia confocal das células RA por imunocitoquímica. A imunomarcação foi realizada por meio de anticorpos conjugados a marcadores fluorescentes.
A - Núcleo celular corado com DAPI (azul).
B - Anticorpo anti tropomiosina e secundário contra IgG camundongo-FITC (verde).
C - Sobreposição das imagens A e B. Os parâmetros utilizados no microscópio confocal estão descritos em métodos.Caracterização morfométricas das células de músculo liso por microscopia confocalPara caracterização morfométrica das células MLA e RA quanto ao tamanho das células e do núcleo, fez-se as medidas utilizando-se ferramentas de medição do microscópio confocal. Os resultados estão apresentados na Tabela 01, que mostrou perda do volume celular e do citoplasma nas células RA comparado com as células MLA. DiscussãoAtualmente, o uso de células em cultivo vai além do entendimento e do estudo de processos biológicos, sendo amplamente utilizada tanto nas áreas da Biologia Celular e Molecular, quanto na área da Saúde3,4. As possibilidades do emprego de células-tronco como recurso terapêutico no tratamento de neoplasias e doenças degenerativas são promissoras. Técnicas que empregam o transplante de medula óssea utilizando células- tronco hematopoéticas obtidas do sangue de cordão umbilical, da medula óssea, ou do sangue periférico, após terapia com fatores de crescimento, já estão bem estabelecidas. Além disso, a utilização da cultura celular como etapa dos processos de terapia gênica e reposição tecidual faz desse modelo uma estratégia essencial para o tratamento de diversas doenças4. O conhecimento científico e tecnológico descrito nesse trabalho apresenta uma das técnicas atuais mais importantes para a observação de estruturas celulares e de tecidos, a microscopia de fluorescência confocal demonstradas nas figuras 3-109. Isso permitiu o estudo comparativo entre a condição mais próxima do fisiológico (cultivo primário) e a condição de linhagem estabelecida. A obtenção de células em cultivo primário de músculo liso da aorta de coelho mostrou a viabilidade do método para estudo morfológico comparativo entre as células MLA (Figura 01) e RA (Figura 02), sendo a primeira, a condição fisiológica mais próxima do tecido originário, que devem manter a morfologia e a fisiologia especializada deste tecido7. As células MLA e RA foram caracterizadas pela presença de proteínas contráteis (actina e miosina) e regulatórias (calponina, caldesmon e tropomiosina) típicas deste tecido, mostrando a especificidade dessas células, o que também descartou a presença de outros tipos celulares5,6. As células cultivadas neste trabalho mostraram diferenças quanto ao tamanho celular e do núcleo (Tabela 01), sendo que as células MLA (Figuras 03, 05, 07 e 09) mostraram maior tamanho celular e do núcleo quando comparadas as célula RA (Figuras 04, 06, 08 e 10). As células RA apresentaram dimensões reduzidas, demonstrando perda do volume celular e nuclear com alteração na distribuição citoplasmática. Esse trabalho denota que a imortalização das células de músculo liso da aorta de coelho (RA) promoveu adaptação dessas in vitro, levando provavelmente à diminuição de síntese de proteínas, crescimento celular e armazenamento de fluidos nessas células.
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References
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