LARVOTERAPIA NO TRATAMENTO DE LESÕES DE DIFÍCIL  CICATRIZAÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA

Luane  de Freitas Souza Lucio Ferreira; Rafaela  Muniz Pinto de Figueiredo; Larissa  da Silva Oliveira; Raphael  Pessoa Custodio Vieira; Evelin Peixoto Braga Vieira Leal; Joana Dias Pereira; Alcione  Matos de  Abreu; Raquel de Almeida Ramos Figueiredo

Autores

Luane de Freitas Souza Lucio Ferreira Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – Rio de Janeiro/RJ, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2232-4455
Rafaela Muniz Pinto de Figueiredo Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – Rio de Janeiro/RJ, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5837-1969
Larissa da Silva Oliveira Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – Rio de Janeiro/RJ, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5238-3611
Raphael Pessoa Custodio Vieira Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – Rio de Janeiro/RJ, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6940-8026
Evelin Peixoto Braga Vieira Leal Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – Rio de Janeiro/RJ, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8703-3416
Joana Dias Pereira Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – Rio de Janeiro/RJ, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7833-7637
Alcione Matos de Abreu Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – Rio de Janeiro/RJ, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6078-7149
Raquel de Almeida Ramos Figueiredo Hospital Municipal Salgado Filho – Departamento de Enfermagem – Rio de Janeiro/RJ, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5175-588X

Resumo

Objetivo: Analisar as evidências disponíveis na literatura acerca da utilização da larvoterapia no tratamento de feridas de difícil cicatrização. Método: Trata-se de revisão integrativa, tendo como questão norteadora: quais são as evidências disponíveis na literatura acerca da utilização da larvoterapia no tratamento de feridas de difícil cicatrização? Elegeram-se como critérios de inclusão: artigos originais, de revisão de literatura e de relatos deexperiência, recorte temporal de 2016 a 2021, disponíveis online na íntegra, em português, inglês e espanhol e que respondessem à pergunta de pesquisa. Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados, cartas ao editor, dissertações, teses, monografias e pesquisas com animais. Buscas ocorreram na Biblioteca Virtual em Saúde e Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos entre agosto e setembro de 2021. Resultados: Selecionaram-se 10 artigos. As principais vantagens foram: desbridamento seletivo, ação bactericida ou bacteriostática e promoção de tecido de granulação e de fatores cicatrizantes. Já as principais desvantagens abrangeram: dor, desconforto, preconceito e fragilidades com o mercado de produção larval. Conclusão: As vantagens encontradas sobrepõem as desvantagens evidenciadas. Portanto, a larvoterapia é favorável para tratar feridas de difícil cicatrização.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Cavassan NRV, Camargo CC, Pontes LG, Barraviera B, Ferreira RS, Miot AM, et al. Correlation between chronic venous ulcer exudate proteins and clinical profile: A cross sectional study. J Proteomics 2019;192:280-90. https://doi.org/10.1016/j.jprot.2018.09.009

Borges EL, Nascimento Filho HM, Pires Júnior JF. Prevalência de lesões crônicas de município da zona da mata mineira (Brasil). Rev Min Enferm 2018;22:e-1143. http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20180074

Silva PN, Almeida OAE, Rocha IC. Terapia tópica en el tratamiento de las heridas crónicas. Enferm Glob [Internet]. 2014 [acessado em 10 jun. 2021];13(33):33-45. Available at: https://revistas.um.es/eglobal/article/view/eglobal.13.1.165461/156721

Sams-Dodd J, Sams-Dodd F. Time to abandon antimicrobial approaches in wound healing: A paradigm shift. Wounds [Internet]. 2018 [acessado em 10 jun. 2021];30(11):345-52. Available at: https://www.hmpgloballearningnetwork.com/site/wounds/reviews/time-abandon-antimicrobial-approaches-wound-healing-paradigm-shift

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fundação Oswaldo Cruz. Anexo 02: Protocolo para prevenção de úlcera por pressão. Brasil: Ministério da Saúde; 2013.

Costa AM, Matozinhos ACS, Trigueiro PS, Cunha RCG, Moreira LR. Custos do tratamento de úlceras por pressão em unidade de cuidados prolongados em uma instituição hospitalar de Minas Gerais. Rev Enferm Rev [Internet]. 2015 [acessado em 10 jun. 2021];18(1):58-74. Available at: http://periodicos.pucminas.br/index.php/enfermagemrevista/article/view/9378/10327

Oliveira AP, Oliveira BGRB. Custo do tratamento de úlceras venosas no ambulatório e domicílio: estudo descritivo. Online Braz J Nurs [Internet]. 2015 [acessado em 10 jun. 2021];14(3):221-8. Available at: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/4842/html_674

Fonseca-Muñoz A, Sarmiento-Juménez HE, Pérez-Pacheco R, Thyssen PJ, Sherman RA. Clinical study of Maggot therapy for Fournier’s gangrene. Int Wound J 2020;17(6):1642-9. https://doi.org/10.1111/iwj.13444

Sherman RA, Hall MJR, Thomas S. Medical Maggots: an ancient remedy for some contemporary afflictions. Annu Rev Entomol 2000;45:55-81. https://doi.org/10.1146/annurev.ento.45.1.55

Tanyuksel M, Araz E, Dundar K, Uzun G, Gumus T, Alten B, et al. Maggot debridement therapy in the treatment of chronic wounds in a military hospital setup in Turkey. Dermatology 2005;210(2):115-8. https://doi.org/10.1159/000082566

Wollina U, Karte K, Herold C, Looks A. Biosurgery in wound healing – the renaissance of maggot therapy. J Eur Acad Dermatol Venereol 2000;14(4):285-9. https://doi.org/10.1046/j.1468-3083.2000.00105.x

Pinheiro MARQ, Ferraz JB, Junior MAA, Moura AD, Costa MESM, Costa FJMD, et al. Use of maggot therapy for treating a diabetic foot ulcer colonized by multidrug resistant bacteria in Brazil. Indian J Med Res 2015;141(3):340-2. https://doi.org/10.4103/0971-5916.156628

Gonçalves JR. Como escrever um artigo de revisão de literatura. Rev JRG Estudos Acadêmicos 2019;2(5):29-55. https://doi.org/10.5281/zenodo.4319105

Cooper HM. The integrative research review: a systematic approach. Beverly Hills: Sage; 1984.

Araújo WCO. Recuperação da informação em saúde: construção, modelos e estratégias. ConCl Conv Ciênc Inform 2020;3(2):100-34. https://doi.org/10.33467/conci.v3i2.13447

Trujillo OMH, Castrillón CA, Giraldo LX, Gutiérrez LM, Sepúlveda SB. De lo convencional a lo alternativo en el manejo de las úlceras venosas. Rev Urug Enferm [Internet]. 2016 [acessado em 2 out. 2021];11(2):89-100. Available at: http://rue.fenf.edu.uy/index.php/rue/article/view/201/196

Arabloo J, Grey S, Mobinizadeh M, Olyaeemanesh A, Hamouzadeh P, Khamisabadi K. Safety, effectiveness and economic aspects of maggot debridement therapy for wound healing. Med J Islam Repub Iran [Internet]. 2016 [acessado em 2 out. 2021];30:319. Available at: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4898856/

Blanco LJ. Tratamiento de úlceras en el pie diabético: revisión. Rev Int Cienc Podol. 2017;11(2):137-47. https://doi.org/10.5209/ RICP.56030

Raposio E, Bortolini S, Maistrello L, Grasso DA. Larval therapy for chronic cutaneous ulcers: historical review and future perspectives. Wounds [Internet]. 2017 [acessado em 5 out. 2021];29(12):367-73. Available at: https://www.hmpgloballearningnetwork.com/site/wounds/article/larval-therapy-chronic-cutaneous-ulcers-historical-review-and-future-perspectives

Stadler F. The maggot therapy supply chain: a review of the literature and practice. Med Veter Entomol 2020;34(1):1-9. https://doi.org/10.1111/mve.12397

Lipiński P, Trzciński R, Dziki L, Mik M. Phantom pain as an adverse effect after maggot (Lucilia sericata) debridement therapy:a case study. J Wound Care 2020;29(5):303-5. https://doi.org/10.12968/jowc.2020.29.5.303

Silva SM, Millions RM, Almeida RC, Costa JE. Terapia larval sob a ótica do paciente. ESTIMA, Braz J Enterostomal Ther 2020;18(1):e3020. https://doi.org/10.30886/estima.v18.963_PT

Nair HKR, Ahmad NW, Teh CH, Lee HL, Chong SSY. Maggot debridement therapy in malaysia. Int J Low Extrem Wounds 2021;20(3):208-16. https://doi.org/10.1177/1534734620932397

Greene E, Avsar P, Moore Z, Nugenti L, O’Connor T, Patton D. What is the effect of larval therapy on the debridement of venous leg ulcers? A systematic review. J Tissue Viability 2021;30(3):301-9. https://doi.org/10.1016/j.jtv.2021.05.005

Szczepanowski Z, Grabarek BO, Boro D, Tukiendorf A, Kulik-Parobczy I, Miszczyk L. Microbiological effects in patients with leg ulcers and diabetic foot treated with Lucilia sericata larvae. Int Wound J 2022;19(1):135-43. https://doi.org/10.1111/iwj.13605

Faura MDM, Romero MF, Martínez CO, Mallo MEG. Maggot therapy: case study in home care. Rev Enferm 2016;39(4):26-9.

Díaz-Roa A, Patarroyo MA, Bello FJ, Silva Junior PI. Sarconesin: sarconesiopsis magellanica blowfly larval excretions and secretions with antibacterial properties. Front Microbiol 2018 [citado 2021 nov 21];9:2249. https://doi.org/10.3389%2Ffmicb.2018.02249