PROPOSTA DE PROTOCOLO CLÍNICO PARA TRATAMENTO CONSERVADOR DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA

Autores

  • Gisela Maria Assis Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE, Brasil.
  • Manuela de Mendonça Figueirêdo Coelho Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE, Brasil.
  • Talita dos Santos Rosa Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6182-9486
  • Franciele de Freitas de Oliveira Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE, Brasil.
  • Camilla Pinheiro Cristaldi da Silva Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE, Brasil.
  • Maria Luiza Peixoto Brito Universidade Regional do Cariri – Crato/CE, Brasil.
  • Vinicíus Alves de Alencar Oliveira Universidade Regional do Cariri – Crato/CE, Brasil.
  • Cícera Clareliz Gomes Alves Universidade Regional do Cariri – Crato/CE, Brasil.
  • Ana Alinne Gomes da Penha Universidade Regional do Cariri – Crato/CE, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9253-1199
  • Sarah Emanuelle Matias Penha Universidade Regional do Cariri – Crato/CE, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4085-3377
  • Luiz Rafael Leite Sampaio Universidade Regional do Cariri – Crato/CE, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1437-9421

Resumo

Objetivo: Apresentar proposta de protocolo clínico para tratamento conservador da incontinência urinária de urgência (IUU). Método: Relato de experiência fundamentado nas evidências científicas existentes e na experiência clínica dos autores que realizam consultas de enfermagem a pessoas com IUU, delineada conforme proposição do Ministério da Saúde para elaboração de protocolos clínicos. Resultados: Foi proposto um protocolo clínico com diagnóstico e intervenções de enfermagem baseados na North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e na Nursing Interventions Classifications, com etapas sistematizadas em verificar presença de fatores relacionados ou condições associadas ao diagnóstico, sendo eles: assoalho pélvico hiperativo, ansiedade, constipação, infecção urinária, baixa ingestão hídrica, comportamento sanitário inadequado, diabetes mellitus, prolapso de órgão pélvico, alto consumo de potenciais irritantes vesicais e persistência de sintomas. Logo após, as ações que devem ser implementadas pelo enfermeiro são descritas de forma detalhada. Conclusão: Considera-se que o fluxo e o detalhamento das ações apresentadas possam ser adotados pelos enfermeiros de forma a identificarem e tratarem pessoas com IUU, minimizando assim a prevalência do problema e fomentando a qualidade de vida dessas pessoas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

D’Ancona C, Haylen B, Oelke M, Abranches-Monteiro L, Arnold E, Goldman H, et al. The International Continence Society (ICS) report on the terminology for adult male lower urinary tract and pelvic floor symptoms and dysfunction. Neurourol Urodyn 2019;38(2):433-77. https://doi.org/10.1002/nau.23897

Abufaraj M, Xu T, Cao C, Siyam A, Isleem E, Massad A, et al. Prevalence and trends in urinary incontinence among women in the United States, 2005–2018. Am J Obstet Gynecol 2021;2(1):166.e1-12. https://doi.org/10.1016/j.ajog.2021.03.016

Lowenstein E, Jepsen R, Andersen LL, Laigaard J, Moller LA, Gade LB, et al. Prevalence of urinary incontinence among women with diabetes in the Lolland-Falster Health Study, Denmark. Neurourol Urodyn 2021;40(3):855-67. https://doi.org/10.1002/nau.24636

Al Kiymi MH, Al Belushi ZI, Jaju S, Al Mahrezi AM. Urinary incontinence among omani women: prevalence, risk factors and impact on quality of life. Sultan Qaboos Univ Med J 2020;20(1):e45-53. https://doi.org/10.18295/squmj.2020.20.01.007

Pedersen LS, Lose G, Hoybye MT, Elsner S, Waldmann A, Rudnicki M. Prevalence of urinary incontinence among women and analysis of potential risk factors in Germany and Denmark. Acta Obstet Gynecol Scand 2017;96(8):939-48. https://doi.org/10.1111/aogs.13149

Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas incontinência urinária não neurogênica. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2020 [cited 3 aug 2022]. Available at: http://conitec.gov.br/images/Protocolos/Publicacoes_MS/PCDT_Incontinencia-Urinria-no-Neurognica_Final_ISBN_20-08-2020.pdf

Cruz JMA, Lisboa LL. Impact of urinary incontinence on quality of life and its relationship with symptoms of depression and anxiety in women. Rev Salud Publica 2019; 21(4):e150016. https://doi.org/10.15446/rsap.V21n4.50016

Saboia DM. Impacto dos tipos de incontinência urinária na qualidade de vida de mulheres. Rev Esc Enferm USP 2017;51:e03266. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2016032603266

European Association of Urology. Pocket Guidelines. Arnhem: European Association of Urology 2018.

Hoeld M, Bauer S, Eglseer D, Everink I, Gordon A, Lohrmann C, et al. Urinary incontinence prevalence and management in nursing homes in Austria, , the Netherlands, Turkey and the United Kingdom: A multi-site, cross-sectional study. Arch Gerontol Geriatr 2022;103:104779. https://doi.org/10.1016/j.archger.2022.104779

Brasil. Ministério da Saúde. Guia de elaboração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas: delimitação do escopo. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2019 [cited 5 may 2022]. Available at: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_elaboracao_protocolos_delimitacao_escopo_2ed.pdf

Herdman TH, Kamitsuru S, Lopes CT. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: Definições e Classificação - 2021-2023. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021.

Classificação da Internacional de Enfermagem (NIC). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020.

Funada S, Watanabe N, Goto T, Negoro H, Akamatsu S, Ueno K, et al. Cognitive behavioral therapy for overactive bladder in women: Study protocol for a randomized controlled trial. BMC Urol 2020;20:129. https://doi.org/10.1186/s12894-020-00697-0

Khoury B, Sharma M, Rush SE, Fournier C. Mindfulness-based stress reduction for healthy individuals: A meta-analysis. J Psychosom Res 2015;78(6):519-28. https://doi.org/10.1016/j.jpsychores.2015.03.009

Kabat-Zinn J. Full catastrophe living: Using the wisdom of your body and mind to face stress, pain, and illness. Nova Iorque: Delacorte, 1990.

Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional e práticas integrativas e complementares no SUS: atitude de ampliação de acesso. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. [cited 2 aug. 2022]. Available at: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2ed.pdf

Luo Y, Zou P, Wang K, Li X, Wang J. Prevalence and risk factors of urinary incontinence among elderly adults in rural China: A cross-sectional survey. J Wound Ostomy Continence Nurs 2022;49(1):78-86. https://doi.org/10.1097/won.0000000000000829

Qiu Z, Li W, Huang Y, Huang W, Shi X, Wu K. Urinary incontinence and health burden of female patients in China: Subtypes, symptom severity and related factors. Geriatr Gerontol Int 2022;22(3):219-26. https://doi.org/10.1111/ggi.14350

Tai H, Liu S, Wang H, Tan H. Determinants of urinary incontinence and subtypes among the elderly in nursing homes. Front Public Health 2021;9:788642. https://doi.org/10.3389/fpubh.2021.788642

Raju R, Linder BJ. Evaluation and treatment of overactive bladder in women. Mayo Clin Proc 2020;95(2):370-7. https://doi.org/10.1016/j.mayocp.2019.11.024

Pinheiro AK. Constipação intestinal: Tratamento com fitoterápicos. Rev Cient FAEMA 2018;9(ed esp):559-64. https://doi.org/10.31072/rcf.v9ied esp.598

Emmanuel A, Mattace-Raso F, Neri MC, Petersen KU, Rey E, Rogers J. Constipation in older people: A consensus statement. Int J Clin Pract 2017;71(1). https://doi.org/10.1111/ijcp.12920

Bernaud FSR, Rodrigues TC. Dietary fiber: adequate intake and effects of metabolism health. Arq Bras Endocrinol Metab 2013;57(6):397-405. https://doi.org/10.1590/S0004-27302013000600001

Azevedo MAR, Lisboa LL, Medeiros CEB, Almeida VA, Gonçalves RP. Terapia comportamental associada a neuromodulação no tratamento da bexiga e intestino em indivíduos com Parkinson: Um estudo piloto. Rev Pesq Fisio 2021;11(1):50-8. https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v11i1.3313

Lim SF, Childs C. A systematic review of the effectiveness of bowel management strategies for constipation in adults with stroke. Int J Nurs Stud 2013;50(7):1004-10. https://doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2012.12.002

Lima BDS, Silva AMB, Matos ABOV, Silva IL, Leal ES. The relationship of the postural variable during the mycational act with the appearance of urogynecological disorders: an integrative review. Res, Soc Dev 2022;11(8):e18311830573. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30573

Zhou F, Xue K, Liu Y, Zhuo L, Palmer MH. Toileting behaviors and factors associated with urinary incontinence in college-aged female students in China. Int Urogynecol J 2020;31(5):961-70. https://doi.org/10.1007/s00192-019-04043-3

Oliveira EG, Marinheiro LPF, Silva KS. The association between diabetes mellitus and lower urinary tract dysfunctions in women assisted in a reference service. Rev Bras Ginecol Obstret 2011;33(12):414-20. https://doi.org/10.1590/S0100-72032011001200007

Haylen BT, Maher CF, Barber MD, Camargo S, Dandolu V, Digesu A, et al. An International Urogynecological Association (IUGA) / International Continence Society (ICS) joint report on the terminology for female pelvic organ prolapse (POP). Int Urogynecol J 2016;35:137-68. https://doi.org/10.1007/s00192-015-2932-1

Raju R, Linder BJ. Evaluation and treatment of overactive bladder in women. Mayo Clin Proc 2020;95(2):370-77. https://doi.org/10.1016/j.mayocp.2019.11.024

Nekkanti S, Wu JM, Hundley AF, Hudson C, Pandya LK, Dietes AA. A randomized trial comparing continence pessary to continence device (Poise Impressa®) for stress incontinence. Int Urogynecol J 2022;33(4):861-68. https://doi.org/10.1007/s00192-021-04967-9

Miller JM, Garcia CE, Hortsch SB, Guo Y, Schimpf MO. Does instruction to eliminate coffee, tea, alcohol, carbonated, and artificially sweetened beverages improve lower urinary tract symptoms?: A prospective trial. J Wound Ostomy Continence Nurs 2016;43(1):69-79. https://doi.org/10.1097/WON.0000000000000197

Wells MJ, Jamieson K, Markham TCW, Green SM, Fader MJ. The effect of caffeinated versus decaffeinated drinks on overactive bladder: A double-blind, randomized, crossover study. J wound, ostomy, Cont Nurs Off Publ Wound, Ostomy Cont Nurses Soc 2014;41(4):371-8. https://doi.org/10.1097/won.0000000000000040

Pal M, Chowdhury RR, Bandyopadhyay S. Urge suppression and modified fluid consumption in the management of female overactive bladder symptoms. Urol Ann 2021;13(3):263-67. https://doi.org/10.4103/ua.ua_52_20

Russo E, Caretto M, Giannini A, Bitzer J, Cano A, Ceausu I, et al. Management of urinary incontinence in postmenopausal women: An EMAS clinical guide. Maturitas 2021;143:223-30. https://doi.org/10.1016/j.maturitas.2020.09.005

Newman DK, Borello-France D, Sung VW. Structured behavioral treatment research protocol for women with mixed urinary incontinence and overactive bladder symptoms. Neurourol Urodyn 2018;37(1):14-26. https://doi.org/10.1002/nau.23244

Wyman JF, Burgio KL, Newman DK. Practical aspects of lifestyle modifications and behavioural interventions in the treatment of overactive bladder and urgency urinary incontinence. Int J Clin Pract 2009;63(8):1177-91. https://doi.org/10.1111/j.1742-1241.2009.02078.x

Hashim H, Abrams P. How should patients with an overactive bladder manipulate their fluid intake? BJU Int 2008;102(1):62-6. https://doi.org/10.1111/j.1464-410X.2008.07463.x

Downloads

Publicado

2023-01-01

Como Citar

1.
Assis GM, Coelho M de MF, Rosa T dos S, de Oliveira F de F, Silva CPC da, Brito MLP, et al. PROPOSTA DE PROTOCOLO CLÍNICO PARA TRATAMENTO CONSERVADOR DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA. ESTIMA [Internet]. 1º de janeiro de 2023 [citado 23º de novembro de 2024];21. Disponível em: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/1295

Edição

v. 21: JAN - DEZ (2023)

Seção

Relato de Experiência

Licença

Copyright (c) 2023 Gisela Maria Assis, Manuela de Mendonça Figueirêdo Coelho, Talita dos Santos Rosa, Franciele de Freitas de Oliveira, Camilla Pinheiro Cristaldi da Silva, Maria Luiza Peixoto Brito, Vinicíus Alves de Alencar Oliveira, Cícera Clareliz Gomes Alves, Ana Alinne Gomes da Penha, Sarah Emanuelle Matias Penha, Luiz Rafael Leite Sampaio

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>