CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DE GESTANTES SOBRE INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ESTUDO OBSERVACIONAL

Autores

  • Gabriela Lima Ribeiro Universidade Federal do Ceará – Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Fortaleza/Ceará – Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0599-3278
  • Mariana Luisa Veras Firmiano Universidade Federal do Ceará – Complexo Hospitalar – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Fortaleza/Ceará, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-3492-7595
  • Camila Teixeira Moreira Vasconcelos Universidade Federal do Ceará – Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Fortaleza/Ceará – Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4578-4657
  • José Ananias Vasconcelos Neto Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Campinas, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6784-5970
  • Maria Helena Baena de Moraes Lopes Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Campinas, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-7747-1140
  • Ana Kelve de Castro Damasceno Universidade Federal do Ceará – Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Fortaleza/Ceará – Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4690-9327

Resumo

Objetivo: avaliar o conhecimento, a atitude e a prática (CAP) de gestantes sobre incontinência urinária (IU), identificar a prevalência de IU durante a gestação, avaliar seu impacto na qualidade de vida (QV) e identificar os fatores associados ao CAP inadequados em relação à IU. Metodologia: Estudo observacional realizado de maio a novembro de 2019 na cidade de Fortaleza, Ceará. Utilizaram-se dois instrumentos para coleta de dados:
um para avaliação sociodemográfica, obstétrica e de perdas urinárias e outro para avaliação do CAP sobre IU.Resultados: Participaram 237 gestantes. A prevalência de IU foi de 49,3% e observou-se baixo impacto na QV. A maioria apresentou conhecimento (89,6%) e prática inadequados tanto para prevenir (89,2%) quanto para tratar (78,8%) a IU. Identificaram-se baixos percentuais de acerto relacionados ao conhecimento sobre fatores de risco (46,8%), prevenção (43,8%) e tratamento da IU (42,8%). Apesar disso, a atitude foi considerada adequada para a maioria das mulheres (98,5%). Ausência de orientação sobre o preparo do períneo para o parto durante o pré-natal (p = 0,019), baixa escolaridade (p < 0,001), casos mais leves de IU (p = 0,027) e gestação de alto risco (p =0,004) associaram-se a prática inadequada. Conclusão: o conhecimento sobre causas, prevenção e tratamento da IU é insuficiente e interfere no manejo dessa condição.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abrams P, Cardozo L, Wagg A, Wein A (Eds). Incontinence. 6th edition. Bristol: International Continence Society; 2017.

Moossdorff-Steinhauser HFA, Berghmans BCM, Spaanderman MEA, Bols EMJ. Prevalence, incidence and bothersomeness of urinary incontinence in pregnancy: A systematic review and meta-analysis. Int Urogynecol J 2021;32(7):1633-52. https://doi.org/10.1007/s00192-020-04636-3

Saboia DM, Firmiano MLV, Bezerra KC, Vasconcelos Neto JA, Oriá MOB, Vasconcelos CTM. Impacto dos tipos de incontinência urinária na qualidade de vida de mulheres. Rev Esc Enferm USP 2017;51:e03266. https://doi.org/10.1590/s1980-220x2016032603266

Liang CC, Chao M, Chang SD, Chiu SYH. Impact of prepregnancy body mass index on pregnancy outcomes, incidence of urinary incontinence and quality of life during pregnancy - An observational cohort study. Biomed J 2020;43(6):476-83. https://doi.org/10.1016/j.bj.2019.11.001

Burgio KL, Zyczynski H, Locher JL, Richter HE, Redden DT, Wright KC. Urinary incontinence in the 12-month postpartum period. Obstet Gynecol 2003;102(6):1291-8. https://doi.org/10.1016/j.obstetgynecol.2003.09.013

Sievert KD, Amend B, Toomey PA, Robinson D, Milsom I, Koelbl H, et al. Can we prevent incontinence?: ICI-RS 2011 Karl-Dietrich. Neurourol Urodyn 2012;31:390-9. https://doi.org/10.1002/nau.22225

Abrams P, Smith AP, Cotterill N. The impact of urinary incontinence on health-related quality of life (HRQoL) in a real-world population of women aged 45-60 years: Results from a survey in France, Germany, the UK and the USA. BJU Int 2015;115(1):143-52. https://doi.org/10.1111/bju.12852

Perera J, Kirthinanda DS, Wijeratne S, Wickramarachchi TK. Descriptive cross sectional study on prevalence, perceptions, predisposing factors and health seeking behaviour of women with stress urinary incontinence. BMC Women’s Health 2014;14:78. https://doi.org/10.1186/1472-6874-14-78

Vasconcelos CTM, Firmiano MLV, Oriá MOB, Vasconcelos Neto JA, Saboia DM, Bezerra LRPS. Women’s knowledge, attitude and practice related to urinary incontinence: systematic review. Int Urogynecol J 2019;30(2):171-80. https://doi.org/10.1007/s00192-018-3759-3

Malta M, Cardoso LO, Bastos FI, Magnanini MMF, Silva CMFP. STROBE initiative: guidelines on reporting observational studies. Rev Saúde Pública 2010;44(3):559-65. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000300021

Tamanini JTN, Dambros M, D’Ancona CAL, Palma PCR, Rodrigues Netto Jr N. Validação para o português do “International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form” (ICIQ-SF). Rev Saúde Pública 2004;38(3):438-44. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000300015

Ribeiro GL, Firmiano MLV, Vasconcelos CTM, Saboia DM, Lopes MHBM, Vasconcelos Neto JA. Scale of pregnant women’s assessment of knowledge , attitude and practice related to urinary incontinence. Int Urogynecol J 2021;33(6):1503-9. https://doi.org/10.1007/s00192-021-04837-4

Martínez Franco E, Parés D, Lorente Colomé N, Méndez Paredes JR, Amat Tardiu L. Urinary incontinence during pregnancy. Is there a difference between first and third trimester? Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 2014;182:86-90. https://doi.org/10.1016/j.ejogrb.2014.08.035

MacArthur C, Wilson D, Herbison P, Lancashire RJ, Hagen S, Toozs-Hobson P, et al. Urinary incontinence persisting after childbirth: Extent, delivery history, and effects in a 12-year longitudinal cohort study. BJOG 2016;123(6):1022-9. https://doi.org/10.1111/1471-0528.13395

Abdullah B, Ayub SH, Mohd Zahid AZ, Noorneza AR, Isa MR, Ng PY. Urinary incontinence in primigravida: The neglected pregnancy predicament. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 2016;198:110-5. https://doi.org/10.1016/j.ejogrb.2016.01.006

Cardoso AMB, Lima CROP, Ferreira CWS. Prevalence of urinary incontinence in high-impact sports athletes and their association with knowledge, attitude and practice about this dysfunction. Eur J Sport Sci 2018;18(10):1405-12. https://doi.org/10.1080/17461391.2018.1496146

Ojengbede OA, Morhason-Bello IO, Adedokun BO, Okonkwo NS, Kolade CO. Prevalence and the associated trigger factors of urinary incontinence among 5000 black women in sub-Saharan Africa: Findings from a community survey. BJU Int 2011;107(11):1793-800. https://doi.org/10.1111/j.1464-410X.2010.09758.x

Chen CCG, Cox JT, Yuan C, Thomaier L, Dutta S. Knowledge of pelvic floor disorders in women seeking primary care: A cross- sectional study. BMC Fam Pract 2019;20(1):70. https://doi.org/10.1186/s12875-019-0958-z

Mclennan MT, Melick CF, Alten B, Young J, Hoehn MR. Patients’ knowledge of potential pelvic floor changes associated with pregnancy and delivery. Int Urogynecol J 2005;17:22-6. https://doi.org/10.1007/s00192-005-1325-2

Melville JL, Wagner LE, Fan M-Y, Katon WJ, Newton KM. Women’s perceptions about the etiology of urinary incontinence. J Women’s Heal 2008;17(7):1093-8. https://doi.org/10.1089/jwh.2007.0606

Lopes DBM, Praça NS. Incontinência urinária autorreferida no pós-parto: Características clínicas. Rev Esc Enferm USP 2012;46(3):559-64. https://doi.org/10.1590/S0080-62342012000300005

Mandimika CL, Murk W, McPencow AM, Lake A, Wedderburn T, Collier CH, et al. Knowledge of pelvic floor disorders in a population of community-dwelling women. Am J Obstet Gynecol 2014;210(2):165.e1-9. https://doi.org/10.1016/j.ajog.2013.10.011

Publicado

2023-04-18

Como Citar

1.
Ribeiro GL, Firmiano MLV, Vasconcelos CTM, Vasconcelos Neto JA, Lopes MHB de M, Damasceno AK de C. CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DE GESTANTES SOBRE INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ESTUDO OBSERVACIONAL. ESTIMA [Internet]. 18º de abril de 2023 [citado 3º de julho de 2024];21. Disponível em: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/1324

Edição

Seção

Artigo Original

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)