REALIDADE VIRTUAL IMERSIVA NO ALÍVIO DA DOR EM PACIENTES COM QUEIMADURAS: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE

Autores

  • Vanusa Pereira de Souza Rocha Universidade de São Paulo – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Divisão de Enfermagem – São Paulo (SP), Brasil.
  • Camila Chrispim Perciliano Universidade Federal de São Paulo – Hospital São Paulo – Divisão de Enfermagem – São Paulo (SP), Brasil.
  • Maria Lucia Barbosa Maia dos Santos Universidade de São Paulo – Hospital das Clínicas - Divisão de Enfermagem – São Paulo (SP), Brasil.
  • Adriana Marques da Silva Universidade de São Paulo – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Divisão de Enfermagem – São Paulo (SP), Brasil.
  • Ana Cristina dos Santos Monteiro Universidade de São Paulo – Hospital das Clínicas - Divisão de Enfermagem – São Paulo (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-8803-2688

Resumo

Objetivos: Avaliar o uso da realidade virtual imersiva como intervenção não farmacológica no alívio da dor e no consumo de opioides durante a troca de curativo em pacientes com lesões por queimaduras. Métodos: Esta revisão considerou desenhos de estudos, ensaios clínicos randomizados, ensaios controlados não randomizados. Foi realizada busca extensa em seis bases de dados eletrônicas, (PubMed; EMBASE, Web of Science, CINAHL, Cochrane Library, Clinicaltrial.gov). Para metanálise foi utilizado o software RevMan versão 5. A certeza da evidência foi analisada por meio do GRADE, sem limite de ano de publicação. Resultados: Incluídos 10 artigos, total de 514 pacientes, idades de 5 a 80 anos. Em uma análise combinada das variáveis de dor, de oito estudos e o tempo pensando na dor de dois estudos, o resultado favoreceu o uso de realidade virtual imersiva em comparação ao controle, a Diferença da Média Padronizada (DMP -0,86; IC 95% -1,22 – 0,49 N = 772 I2 = 82%). Conclusão: As evidências reunidas nessa revisão apoiam o uso realidade virtual imersiva para reduzir a dor.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Asselin K. Burns incidences and treatment in the United States. American Burn Association/ameriburn.org [internet]. 2020 jul;[citado em 01 de julho de 2022]; Disponível em: https://ameriburn.org/national-burn-awareness-week-2020/

Ministério da Saúde (BR). Um milhão de brasileiros sofre queimaduras por ano [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2017.

Batista BD, Cordovil PB, Batista KNM. Perfil epidemiológico de pacientes que sofreram queimaduras no Brasil: revisão de literatura. Rev Bras Queimaduras. 2012;11(4):246–50. [citado 10 dez 2022]. http://www.rbqueimaduras.com.br/details/130/pt-BR/perfil-epidemiologico-de-pacientes-que-sofreram-queimaduras-no-brasil--revisao-de-literatura

Rossi LA, Camargo C, Santos CMNM, Barruffin RCP, Carvalho EC. A dor da queimadura: terrível para quem sente, estressante para quem cuida. Rev. latino-am. enfermagem - Ribeirão Preto 2000;8(3):26-18. https://doi.org/10.1590/S0104-11692000000300004

Jeffs D, Dorman D, Brown S, et al. Effect of virtual reality on adolescent pain during burn wound care. J Burn Care Res. 2014;35(5):395-408. https://doi.org/10.1097/bcr.0000000000000019

Silva A, Machado R, Simões V, Carrageta MC. A terapia da realidade virtual e a pessoa queimada: redução da dor nos cuidados à ferida – Uma revisão integrativa da literatura. Rev Bras Queimaduras. 2015;14(1):35-42. [citado 10 dez 2022]. http://www.rbqueimaduras.com.br/details/241/pt-BR/a-terapia-da-realidade-virtual-e-a-pessoa-queimada--reducao-da-dor-nos-cuidados-a-ferida---uma-revisao-integrativa-da-literatura

Hoffman HG, Rodriguez RA, Gonzalez M, et al. Immersive Virtual Reality as an Adjunctive Non-opioid Analgesic for Pre-dominantly Latin American Children With Large Severe Burn Wounds During Burn Wound Cleaning in the Intensive Care Unit: A Pilot Study. Front Hum Neurosci. 2019;13:262. https://doi.org/10.3389/fnhum.2019.00262

Scapin S, Echevarría-Guanilo ME, Fuculo-Junior PRB, Martins JC, Barbosa MVB, Simas C, de-Rosso LH, Gonçalves N. Realidade virtual no tratamento da dor em criança queimada: Relato de caso. Rev Bras Queimaduras 2017;16(1):45-8. [citado 10 dez 2022]. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/09/915055/v16n1a08.pdf

Tufanaru C, Munn Z, Aromataris E, Campbell J, Hopp L. Systematic reviews of effectiveness. In: Aromataris E, Munn Z, editors. JBI Reviewer’s Manual [Internet]. Adelaide: JBI, 2017.

Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ 2021;372:n71. https://doi.org/10.1136/bmj.n71

Tufanaru C, Munn Z, Aromataris E, Campbell J, Hopp L. Systematic reviews of effectiveness. In: Aromataris E, Munn Z (Editors). JBI Manual for Evidence Synthesis. JBI, 2020.

Guyatt GH, Thorlund K, Oxman AD, et al. GRADE guidelines: 13. Preparing summary of findings tables and evidence profiles-continuous outcomes [published correction appears in J Clin Epidemiol. 2015 Apr;68(4):475]. J Clin Epidemiol. 2013;66(2):173-183. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2012.08.001

Balshem H, Helfand M, Schünemann HJ, et al. GRADE guidelines: 3. Rating the quality of evidence. J Clin Epidemiol.2011;64(4):401-406. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2010.07.015

Higgins JP, Thompson SG, Deeks JJ, Altman DG. Measuring inconsistency in meta-analyses. BMJ. 2003;327(7414):557-60. https://doi.org/10.1136/bmj.327.7414.557

Borenstein M, Hedges LV, Higgins JP, Rothstein HR. A basic introduction to fixed-effect and random-effects models for meta-analysis. Res Synth Methods. 2010;1(2):97-111. https://doi.org/10.1002/jrsm.12

Boers M. Graphics and statistics for cardiology: designing effective tables for presentation and publication. Heart.2018;104(3):192-200. https://doi.org/10.1136/heartjnl-2017-311581

Mayo-Wilson E, Li T, Fusco N, Dickersin K; MUDS investigators. Practical guidance for using multiple data sources in systematic reviews and meta-analyses (with examples from the MUDS study). Res Synth Methods. 2018;9(1):2-12. https://doi.org/10.1002/jrsm.1277

Stovold E, Beecher D, Foxlee R, Noel-Storr A. Study flow diagrams in Cochrane systematic review updates: an adapted PRISMA flow diagram. Syst Rev. 2014;3:54. https://doi.org/10.1186/2046-4053-3-54

Xiang H, Shen J, Wheeler KK, et al. Efficacy of Smartphone Active and Passive Virtual Reality Distraction vs Standard Care on Burn Pain Among Pediatric Patients: A Randomized Clinical Trial. JAMA Netw Open. 2021;4(6):e2112082. https://doi.org/10.1001/jamanetworkopen.2021.12082

Das DA, Grimmer KA, Sparnon AL, McRae SE, Thomas BH. The efficacy of playing a virtual reality game in modulating pain for children with acute burn injuries: a randomized controlled trial [ISRCTN87413556]. BMC Pediatr. 2005;5(1):1. https://doi.org/10.1186/1471-2431-5-1

Hua Y, Qiu R, Yao WY, Zhang Q, Chen XL. The Effect of Virtual Reality Distraction on Pain Relief During Dressing Changes in Children with Chronic Wounds on Lower Limbs. Pain Manag Nurs. 2015;16(5):685-691. https://doi.org/10.1016/j.pmn.2015.03.001

Hoffman HG, Patterson DR, Rodriguez RA, Peña R, Beck W, Meyer WJ. Virtual Reality Analgesia for Children With Large Severe Kipping B, Rodger S, Miller K, Kimble RM. Virtual reality for acute pain reduction in adolescents undergoing burn wound care: a prospective randomized controlled trial. Burns. 2012;38(5):650-657. https://doi.org/10.1016/j.burns.2011.11.010

Konstantatos AH, Angliss M, Costello V, Cleland H, Stafrace S. Predicting the effectiveness of virtual reality relaxation on pain and anxiety when added to PCA morphine in patients having burns dressings changes. Burns. 2009;35(4):491-499. https://doi.org/10.1016/j.burns.2008.08.017

McSherry T, Atterbury M, Gartner S, Helmold E, Searles DM, Schulman C. Randomized, Crossover Study of Immersive Virtual Reality to Decrease Opioid Use During Painful Wound Care Procedures in Adults. J Burn Care Res. 2018;39(2):278-285. https://doi.org/10.1097/bcr.0000000000000589

Kaya M, KÖZ. The effect of virtual reality on pain, anxiety, and fear during burn dressing in children: A randomized controlled study. Burns. 2023;49(4):788-796. https://doi.org/10.1016/j.burns.2022.06.001

Czech O, Wrzeciono A, Batalík L, Szczepańska-Gieracha J, Malicka I, Rutkowski S. Virtual reality intervention as a support method during wound care and rehabilitation after burns: A systematic review and meta-analysis. Complement Ther Med. 2022;68:102837. https://doi.org/10.1016/j.ctim.2022.102837

Won AS, Bailey J, Bailenson J, Tataru C, Yoon IA, Golianu B. Immersive Virtual Reality for Pediatric Pain. Children (Basel). 2017;4(7):52. https://doi.org/10.3390/children4070052

Eijlers R, Utens EMWJ, Staals LM, et al. Systematic Review and Meta-analysis of Virtual Reality in Pediatrics: Effects on Pain and Anxiety. Anesth Analg. 2019;129(5):1344-1353. https://doi.org/10.1213/ane.0000000000004165

Olavo MJ. A dor e os seus aspectos multidimensionais. Cienc. Cult. 2011;63(2):28-32. http://doi.org/10.21800/S0009-67252011000200010

Publicado

2023-12-07

Como Citar

1.
Rocha VP de S, Perciliano CC, Santos MLBM dos, Silva AM da, Monteiro AC dos S. REALIDADE VIRTUAL IMERSIVA NO ALÍVIO DA DOR EM PACIENTES COM QUEIMADURAS: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE. ESTIMA [Internet]. 7º de dezembro de 2023 [citado 4º de dezembro de 2024];21. Disponível em: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/1350

Edição

Seção

Artigo de Revisão