Cuidados com a pele na síndrome do choque tóxico: relato de caso

Autores

Resumo

Objetivo: A síndrome do choque tóxico (SCT) é uma condição multissistêmica grave, causada por Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes, e o manejo inicial e contínuo das lesões de pele é essencial para o controle da infecção. Este relato teve o objetivo de descrever os cuidados com a pele nessa síndrome. Relato do caso: Paciente do sexo masculino com abscesso no quadril que evoluiu com febre e hipotensão e consequente transferência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Foi diagnosticado com choque séptico de provável foco no quadril, imediatamente abordado cirurgicamente para tratamento local da infecção. Apresentou insuficiência renal, além de disfunção multissistêmica (hepática e cardíaca), instabilidade hemodinâmnica e lesões disseminadas de pele. Com o isolamento do Staphylococcus aureus, iniciou-se clindamicina e o diagnóstico foi de SCT, uma vez que apresentou lesões epidermolíticas desde o início do quadro. Foram iniciadas medidas de recuperação cutânea com a sulfadiazina de prata e, posteriormente, com hidrofibra com prata com restauração do epitélio em 8 dias. Após 10 dias da pele restaurada, o paciente recebeu alta da UTI para enfermaria com manutenção do tratamento proposto. Conclusão: Neste caso, o uso da hidrofibra obteve uma performance satisfatória, contudo ainda há necessidade de estudos robustos que comprovem tal eficácia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

de Mello JA, Pachelli LC, de Gões Filho JF, Villardi N, Consani R, Guidugli RB. Death due to probable toxic shock syndrome, after attempted abortion. Rev Paul Med. 1987;105(2):116-7. PMID: 3432881.

Carvalho HT, Fioretto JR, Ribeiro CF, Laraia IO, Carpi MF. Diagnosis and treatment of streptococcal toxic shock syndrome in the pediatric intensive care unit: a case report. Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(4):586-91. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20190068

Rodríguez-Muñoz L, García-Galván Ó, González-Soto MÁ, Echániz-Avilés G, Solórzano-Santos F. Toxic shock syndrome caused by Streptococcus dysgalactiae subsp. equisimilis in a Mexican preschool patient. Bol Med Hosp Infant Mex. 2019;76(5):237-40. https://doi.org/10.24875/BMHIM.19000095

Antunes R, Diogo M, Carvalho A, Pimentel T, Oliveira J. Streptococcus pyogenes toxic-shock syndrome. Acta Med Port. 2011;24:617-20. https://doi.org/10.20344/amp.1555

Vázquez García RE, Hernández Bautista V, Espinosa Padilla S. Superantigens and toxic shock syndrome. A report of three cases treated with intravenous gammaglobulin. Rev Alerg Mex. 2006;53(5):183-8. PMID: 17357565.

Alvares PA, Mimica MJ. Síndrome do choque tóxico. Arq Med Hosp Fac Ciênc Med Santa Casa São Paulo. 2012;57(2):81-4.

Amerson SJ, Hoffman M, Abouzahr F, Ahmad M, Sterling RK, Gidwani H, Sousse LE, Dellavolpe JD. Sequential extracorporeal therapy of pathogen removal followed by cell-directed extracorporeal therapy in streptococcal toxic shock syndrome refractory to venoarterial extracorporeal membrane oxygenation: a case report. Crit Care Explor. 2024;6(3):e1058. https://doi.org/10.1097/CCE.0000000000001058

Pina C, Carvalho I, Teixeira M, Rodrigues G. Síndrome de choque tóxico estafilocócico. Arquivos de Medicina. 2009;23(1):10-2.

Wilkins AL, Steer AC, Smeesters PR, Curtis N. Toxic shock syndrome – the seven Rs of management and treatment. J Infect. 2017;74 Suppl 1:S147-52. https://doi.org/10.1016/S0163-4453(17)30206-2

Ayala-Gaytán JJ, Martínez-Vela A, Náñez-Terreros H, Guajardo-Lara CE, Valdovinos-Chávez SB. Necrotizing fasciitis, myositis, arthritis, and streptococcal toxic shock syndrome caused by group G Streptococcus. Report of one case. Rev Med Inst Mex Seguro Soc. 2014;52(4):458-61. PMID: 25078751.

de Almeida OM, Modolin M, Neves RI, Horibe K, Vieira JC, Ferreira MC. Toxic shock syndrome after reduction mammaplasty: a case report. Rev Hosp Clin Fac Med Sao Paulo. 1992;47(6):285-9. PMID: 1340621.

Case definitions for infectious conditions under public health surveillance. Centers for Disease Control and Prevention. MMWR Recomm Rep. 1997;46(RR- 10):1-55. PMID: 9148133.

Wharton M, Chorba TL, Vogt RL, Morse DL, Buehler JW. Case definitions for public health surveillance. MMWR Recomm Rep. 1990;39(RR-13):1-43. PMID: 2122225.

Riley DS, Barber MS, Kienle GS, Aronson JK, von Schoen-Angerer T, Tugwell P, Kiene H, Helfand M, Altman DG, Sox H, Werthmann PG, Moher D, Rison RA, Shamseer L, Koch CA, Sun GH, Hanaway P, Sudak NL, Kaszkin-Bettag M, Carpenter JE, Gagnier JJ. CARE guidelines for case reports: explanation and elaboration document. J Clin Epidemiol. 2017;89:218-35. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2017.04.026

Bartlett P, Reingold AL, Graham DR, Dan BB, Selinger DS, Tank GW, et al. Toxic shock syndrome associated with surgical wound infections. JAMA. 1982;247(10):1448-50. PMID: 7057535.

Cone LA, Woodard DR, Byrd RG, Schulz K, Kopp SM, Schlievert PM. A recalcitrant, erythematous, desquamating disorder associated with toxin-producing staphylococci in patients with AIDS. J Infect Dis. 1992;165(4):638-43. https://doi.org/10.1093/infdis/165.4.638

Oliveira APBS, Peripato LA. A cobertura ideal para tratamento em paciente queimado: uma revisão integrativa da literatura. Rev Bras Queimaduras. 2017;16(3):188-93.

Wasiak J, Cleland H, Campbell F, Spinks A. Dressings for superficial and partial thickness burns. Cochrane Database Syst Rev. 2013;2013(3):CD002106. https://doi.org/10.1002/14651858.CD002106.pub4

Maciel ABS, Ortiz JF, Siqueira BS, Zanette GF. Eficácia da cicatrização tecidual em pacientes queimados tratados com sulfadiazina de prata a 1% versus outros tratamentos: uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados. An Bras Dermatol. 2019;94(2):204-10.

Nherera L, Trueman P, Roberts C, Berg L. Silver delivery approaches in the management of partial thickness burns: a systematic review and indirect treatment comparison. Wound Repair Regen. 2017;25(4):707-21. https://doi.org/10.1111/wrr.12559

Chaganti P, Gordon I, Chao JH, Zehtabchi S. A systematic review of foam dressings for partial thickness burns. Am J Emerg Med. 2019;37(6):1184-90. https://doi.org/10.1016/j.ajem.2019.04.014

Norman G, Christie J, Liu Z, Westby MJ, Jefferies JM, Hudson T, Edwards J, Mohapatra DP, Hassan IA, Dumville JC. Antiseptics for burns. Cochrane Database Syst Rev. 2017;7(7):CD011821. https://doi.org/10.1002/14651858.CD011821.pub2

Publicado

2024-07-25

Como Citar

1.
Farias PVSF, Gotelip DAG, Borges IMR, Brum JWM, Morlin M. Cuidados com a pele na síndrome do choque tóxico: relato de caso . ESTIMA [Internet]. 25º de julho de 2024 [citado 1º de setembro de 2024];22. Disponível em: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/1461

Edição

Seção

Relato de Experiência