Tratamento de Lesões de Pele em Paciente com Síndrome de Stevens-Johnson: Relato de Experiência

Autores

  • Ana Cynthia Acioly Migliard Enfermeira Especialista em Unidade de Terapia Intensiva
  • Luciana Carvalho Feitoza trabalho premiado na sessão pôster do I Simpósio Brasileiro e Estomaterapia, Jun/03.
  • Andrezza Carla Cavalcanto Pires D´Azevedo Enfermeira Especialista em Unidade de Terapia Intensiva
  • Laura Soraya Silva Paes

Resumo

Em 1922, Albert Stevens e Johnson Frank descreveram dois casos de lesões cutâneas disseminadas, com máculas avermelhadas e centro necrótico, além de febre, estomatite severa e comprometimento ocular. Inicialmente, tais sinais e sintomas foram caracterizados como Eritema Multiforme (EM) simplificado (este possui duas formas clínicas: Minor, de maior freqüência e evolução benigna, usualmente relacionada à infecção viral e caracterizada por suas lesões “em alvo”, e Major , menos freqüente, porém mais severa, normalmente associada à hipersensibilidade A alguma droga)1.A Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) é uma enfermidade dermatológica rara, caracterizada pela alta prevalência em crianças e adultos jovens. As drogas são apontadas como a principal causa da doença, dentre elas destacam-se as sulfas, os anticonvulsionantes, antiinflamatórios e antibacterianos. As infecções virais, vacinas, alterações hormonais durante a amenorréia e a gravidez também podem desencadear essa patologia2.Segundo Magarici3, as manifestações clínicas iniciam-se com sinais prodrômicos de um a 14 dias em 50% dos pacientes, sendo os sintomas semelhantes a qualquer síndrome infecciosa. Posteriormente, há o surgimento de bolhas hemorrágicas ou purulentas, que se rompem, ocasionando crostas, “rash” cutâneo, inicialmente em face, pescoço e tórax, podendo espalhar-se para as extremidades e toda a extensão corporal. As lesões aumentam rapidamente, com expressão máxima da doença entre quatro e cinco dias; porém novas lesões poderão surgir, caso a droga implicada seja de longa ação. O diagnóstico é geralmente baseado na clínica e o diferencial deverá ser considerado, principalmente com penfigóide, urticária policíclica, pênfigo, Síndrome de Behcet, Síndrome de Reiter e Necrose Epidérmica Tóxica (NET). A hospitalização deve ser feita, seguida de tratamento sintomático, antibioticoterapia, corticosteróides sistêmicos , proteção da pele e isolamento do paciente.

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Publicado

2016-03-23

Como Citar

1.
Migliard ACA, Feitoza LC, D´Azevedo ACCP, Paes LSS. Tratamento de Lesões de Pele em Paciente com Síndrome de Stevens-Johnson: Relato de Experiência. ESTIMA [Internet]. 23º de março de 2016 [citado 22º de novembro de 2024];1(2). Disponível em: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/3

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