Resumo de Dissertação 2

Autores

  • Fernanda Matheus Queiroz Schmidt Enfermeira Estomaterapeuta do Serviço de Estomaterapia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP – São Paulo (SP), Brasil. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem na Saúde do Adulto, Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo – USP – São Paulo (SP), Brasil.
  • Vera Lucia Conceição de Gouveia Santos Professora Associada 3 do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo – USP – São Paulo (SP), Brasil. Orientadora.
  • Rita de Cássia Domansky Enfermeira estomaterapeuta, Hospital da Universidade Estadual de Londrina. Mestre e doutora pela Escola de Enfermagem da USP.

Resumo

Prevalência e Fatores Associados à Constipação Intestinal em Adultos no Município de Londrina, Paraná, Brasil


A partir do desenvolvimento dos Critérios de Roma, muitos estudos têm sido realizados para o conhecimento da epidemiologia da constipação intestinal (CI). Porém, a maioria é realizada em grupos populacionais específicos e poucos são aqueles de base populacional. Os objetivos do presente estudo foram estimar a prevalência de CI em adultos da população geral na área urbana de Londrina, Paraná, e identificar os fatores demográficos e clínicos associados à ocorrência de CI nessa população. Trata-se de uma análise secundária, desenvolvida a partir de um estudo epidemiológico de base populacional, descritivo, exploratório e com coleta transversal dos dados, sobre o hábito intestinal da população de Londrina, Paraná em 2008, por Domansky e Santos. Dois mil cento e sessenta e dois indivíduos, residentes nas ruas selecionadas por meio de amostragem probabilística por conglomerados, foram entrevistados utilizando-se dois instrumentos: dados sócio-demográficos e “Hábito Intestinal na População Geral” (em sua versão adaptada e validada para o Brasil). No presente estudo, foram utilizadas as variáveis necessárias para o cálculo da prevalência de CI, de acordo com os Critérios de Roma III, e identificação dos fatores associados. Os dados foram analisados por meio do Teste de Qui-Quadrado (X²) de Pearson e regressão logística multivariada. Foram estimadas as prevalências de CI, com intervalos de confiança (IC) a 95%. As associações foram medidas pelo Odds Ratio ajustado, por análise de regressão. A prevalência total de CI foi 14,6%, sendo maior entre as mulheres (21,9%) comparativamente aos homens (5,3%), crescente com a idade em ambos os sexos e inversamente proporcional ao aumento da renda familiar. Para a amostra total de constipados (n=315), os fatores que apresentaram associação com CI foram: sexo feminino, baixa renda familiar, história de fístula, fissura anal, prolapso retal, hemorróidas, cirurgias anorretais, AVE e doenças do sistema nervoso. Para o sexo feminino, as variáveis significativamente associadas à CI foram: baixa renda familiar, história de fístula, fissura anal, cirurgia anorretal, trauma ou ferimento ao redor do ânus, retocele, hemorróidas e AVE. Para o sexo masculino, CI foi estatisticamente associada a: idade avançada, baixa renda familiar, fissura anal, cirurgia anorretal, AVE e doença do sistema nervoso. As variáveis baixa renda familiar, AVE, história de fissura anal e cirurgia anorretal permaneceram nos três modelos testados. Este estudo contribui para o conhecimento da epidemiologia da CI na população geral brasileira, ao constituir-se em um dos poucos estudos nacionais de base populacional sobre o tema. Além disso, os seus resultados agregam novos conhecimentos, ao terem sido testadas algumas variáveis que não são usualmente analisadas em estudos de base populacional sobre prevalência de CI na população geral, como fístula, fissura, cirurgias anorretais, hemorróidas, doenças do sistema nervoso, entre outros. Descritores: constipação intestinal; constipação intestinal (prevalência); constipação intestinal (epidemiologia).

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Publicado

2012-12-01

Como Citar

1.
Schmidt FMQ, Santos VLC de G, Domansky R de C. Resumo de Dissertação 2. ESTIMA [Internet]. 1º de dezembro de 2012 [citado 22º de novembro de 2024];10(4). Disponível em: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/320

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