Singularidades da Convivência do Cônjuge e seu Parceiro Estomizado
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1806-3144201600020004Resumo
A convivência do cônjuge e seu parceiro estomizado exige adaptação do casal frente às mudanças impostas pela estomia intestinal. Objetivo: Descrever as singularidades da convivência marital do estomizado e seu cônjuge. Método: Trata-se de estudo descritivo, de natureza quantitativa, realizado com cônjuges de estomizados. Resultados: Participaram 36 cônjuges de estomizados, sendo 24 (66,7%) do sexo feminino. A idade variou entre 31 a 70 anos. Quanto ao hábito de dormir dos cônjuges, 29 (80,6%) dormiam com seu parceiro estomizado na mesma cama, sendo que 20 (55,6%) cônjuges afirmaram que o estomizado nunca sujou a cama. No cotidiano, 25 (69,4%) dos cônjuges sentiram odor desagradável exalado da estomia intestinal do seu parceiro, entretanto, 18 (50%) não se incomodaram ao sentir odor exalado da estomia do seu parceiro. Das atividades sexuais, 11 (30,6%) cessaram as relações sexuais, 25 (69,4%) afirmaram que o saco coletor de fezes do cônjuge atrapalhava, 13 (36,1%) tinham receio de machucar o parceiro estomizado e 13 (36,1%) mudaram suas práticas sexuais em razão da presença da estomia do parceiro. Conclusão: A estomia intestinal permanente é um fato marcante no cotidiano do casal e limita as atividades sexuais. Os cônjuges mudaram suas práticas sexuais ou cessaram as relações íntimas após a confecção do estoma do parceiro, apesar de serem relativamente jovens.