Tempos de Colostomizado e de Seguimento no Serviço e a Qualidade de Vida de Pessoas Colostomizadas, com e sem Uso de Métodos de Controle Intestinal

Autores

  • Isabel Umbelina Ribeiro Cesaretti
  • Vera Lúcia Conceição de Gouveia Santos
  • Sandra Soares Schiftan
  • Lucila Amaral Carneiro Vianna

Resumo

O tempo que decorre após a cirurgia para confecção da estomia é considerado um período necessário para que as mudanças e a adaptação ocorram na vida das pessoas colostomizadas em direção à reabilitação, mas não foram encontrados estudos sobre a sua influência na qualidade de vida (QV) dessas pessoas. O estudo objetivou verificar se os tempos de colostomizado (TC) e de acompanhamento no serviço (TAS) exercem influência sobre a QV de pessoas colostomizadas, com e sem o uso de Métodos de Controle Intestinal (MCI). Estudo comparativo e transversal. Amostra de conveniência foi constituída de 50 pessoas usando os dois métodos e 50, nenhum dos métodos (respectivamente, Grupos com e sem MCI), atendidas em Serviço Especializado de Estomaterapia. Utilizou-se o WHOQoL-abreviado por meio de entrevista. Os TC foram 66,64 meses (DP=46,39) e 32,30 (DP=37,81) respectivamente para os grupos com e sem MCI (p<0,001) e os TAS foram 56,44 meses (DP=41,7) e 27,12 meses (DP=32,09), respectivamente para os Grupos com e sem MCI (p<0,001). Quanto maiores os TC, TAS e de uso do oclusor/obturador de colostomia, maior o escore médio de QV no Domínio Físico. Quanto maiores os TC e TAS, maiores foram os escores médios da QV no Domínio Psicológico e na QV geral. Isso reflete, indiretamente, o papel importante que a equipe de saúde desempenha na reabilitação das pessoas colostomizadas, que usam ou não MCI.

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Biografia do Autor

Isabel Umbelina Ribeiro Cesaretti

Enfermeira estomaterapeuta(TiSOBEST). Professora Adjunta da Escola Paulista de Enfermagem da UNIFESP.

Vera Lúcia Conceição de Gouveia Santos

Enfermeira estomaterapeuta (TiSOBEST). Professor Associado 3 da Escola de Enfermagem da USP. Coordenadora do Comitê de Educação do WCET.

Sandra Soares Schiftan

Enfermeira estomaterapeuta. Enfermeira do Hospital Ipiranga de São Paulo.

Lucila Amaral Carneiro Vianna

Professora titular da Escola Paulista de Enfermagem da UNIFESP.

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Publicado

2013-10-01

Como Citar

1.
Umbelina Ribeiro Cesaretti I, Conceição de Gouveia Santos VL, Soares Schiftan S, Amaral Carneiro Vianna L. Tempos de Colostomizado e de Seguimento no Serviço e a Qualidade de Vida de Pessoas Colostomizadas, com e sem Uso de Métodos de Controle Intestinal. ESTIMA [Internet]. 1º de outubro de 2013 [citado 22º de novembro de 2024];11(4). Disponível em: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/957

Edição

Seção

Artigo Original